As Nações Unidas voltam a fazer soar o alerta da fome em África. Só na região do Sahel, há oito países em situação dramática. A UNICEF lançou esta terça feira uma campanha nas redes sociais: o objetivo é despertar consciências e angariar fundos para combater o flagelo que ameaça para já dez milhões de pessoas.
O drama repete-se na faixa abaixo do deserto do Saara. A ONU diz que é preciso evitar os erros do passado e lembra a gravíssima crise de fome entre 1968 e 1974. O alarme soa no mundo inteiro: é preciso evitar uma nova crise humanitária em grande escala, numa região marcada por longos períodos de seca.
A combinação é mortífera: a seca grave de 2011 reduziu a quase nada as colheitas deste ano, a alta dos preços a nível mundial também não poupou os africanos do Sahel, que enfrentam ainda outra ameaça letal - a presença de grupos terroristas armados.
O elo mais fraco, como não podia deixar de ser, são as crianças. Um milhão está em risco de não sobreviver à nova crise alimentar.
No Facebook, Twitter e noutras redes sociais, a UNICEF lançou o alarme numa campanha de 24 horas. A UNICEF diz que são precisos 120 milhões de dólares imediatos para atacar a crise. Até agora angariou apenas 30 milhões.
No fim-de-semana, os jogadores profissionais de futebol da Europa uniram-se às nações unidas para chamar a atenção para a crise alimentar no Sahel. Do Real Madrid de Ronaldo a clubes ingleses e russos, 300 jogadores vestiram a camisola contra a fome.
UNICEF faz um novo alerta para a fome em África
- Redação
- MM
- 4 abr 2012, 15:10
Mais de um milhão de crianças correm o risco de não sobreviver
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