México, Peru, Chile, El Salvador, Argentina, Porto Rico. As imagens de uma marcha confundem-se com as de outra. O protesto faz-se com cartazes, fotografias, palavras de ordem. Algumas das manifestantes pintam as mãos, o peito e até a vagina de vermelho. O vermelho do sangue que mancha as mãos dos violadores. O vermelho que deve significar um sinal de paragem para os crimes contra as mulheres. Por isso, as mulheres fizeram uma “greve” de uma hora ao trabalho na Argentina.
O mote da manifestação que juntou milhares de mulheres, esta quarta-feira, em vários países: “Nem mais uma”. Nem mais uma vítima de violação, nem mais uma mulher morta às mãos de violadores. O nome da última vítima conhecida e que deu origem a todo este movimento: Lucía Perez.
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— NiUnaMenos (@NiUnaMenos_) September 4, 2016
Lucía Perez, argentina, deu entrada num hospital de Mar del Plata no início de outubro. Vítima de violação, a jovem de 16 anos não resistiu aos ferimentos. Lucía sofreu graves lesões. A menor foi alegadamente violada com vários objetos. O Ministério Público argentino já deteve dois homens, suspeitos dos crimes, os mesmos que alegadamente deixaram Lucía no hospital, já com roupas lavadas, dizendo que ela tinha sofrido uma overdose.
Os homens foram denunciados por amigos da vítima. Lucía ter-se-ia envolvido num relacionamento amoroso com um dos suspeitos, alegados traficantes de droga.
A marcha foi marcada por um movimento de ativistas argentinos para Buenos Aires, mas outros países quiseram juntar-se. Afinal, esta realidade, infelizmente, é comum a todo o mundo.
#NiUnaMenos #Cidade5050 No BR, todo dia 13 mulheres são assinadas. 1 a cada 3 homens acredita que a culpa é delas https://t.co/lKSwlBUKqc pic.twitter.com/oT0VN6Irz4
— ONU Mulheres Brasil (@ONUMulheresBR) October 19, 2016