Quatro polícias acusados de terem violado turista - TVI

Quatro polícias acusados de terem violado turista

«Quai des Orfèvres» (Reuters)

Agentes estariam fora de serviço quando conheceram a mulher

Quatro polícias franceses foram detidos depois de alegadamente terem violado uma canadiana, enquanto esta passava férias em Paris. Segundo o «Le Monde», o incidente ocorreu na noite de terça-feira, depois de os cinco intervenientes se terem conhecido num pub irlandês da cidade.

Inicialmente, a mulher terá concordado ir até ao quartel-general da polícia de Paris, conhecido como «Quai des Orfèvres», com as autoridades que na altura estavam fora de serviço.

A mulher foi encontrada «em choque» por um delegado judicial que, ao ter conhecimento do sucedido, escoltou-a de imediato até a uma esquadra, onde apresentou a queixa contra os quatro homens, identificados posteriormente.

Os primeiros exames médicos confirmaram que a mulher, de 34 anos, tinha sido alvo de abusos sexuais, tendo ainda evidenciado uma lesão que demonstra o carácter não-consensual das relações.

Ao que foi apurado, os quatro suspeitos fazem parte de um gang organizado.

Os quatro homens estão sob custódia da polícia mas caso não sejam presentes a um juiz nas próximas 48 horas, terão de ser libertados.

De acordo com o «Le Figaro», «os fatos, para já, não provam a violação. Ainda é muito cedo para sabermos o que aconteceu, é urgente esperar pela conclusão da investigação», disse um fonte da Pj de Paris, que lembrou que «as medidas de custódia são inevitáveis».

O ministro do interior Bernard Cazeneuve já se expressou e prometeu que serão tomadas «todas as medidas necessárias» para confirmar a veracidade da acusação.

«Pretendo que o sistema de justiça e os serviços de investigação policial averigúem o caso para que a verdade seja estabelecida», acrescentou Cazeneuve durante um discurso para a polícia, em Marselha.



Contactado pela «Agence France-Presse», a advogada de dois dos polícias envolvidos não quis comentar os fatos. "Acho intolerável violações ao sigilo da investigação", explicou a defensora dos dois agentes, Anne-Laure Compoint.
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