Matou a advogada que o defendeu por ter matado a mulher - TVI

Matou a advogada que o defendeu por ter matado a mulher

  • AM
  • 18 jan 2019, 17:04
Autoridades espanholas

Salvador Calvo estava em liberdade condicional depois de ter cumprido 14 anos de pena e mantinha agora uma relação amorosa com a advogada

Em 2003, Rebeca Santamalia Cancer foi a advogada que defendeu José Javier Salvador Calvo, em Saragoça, acusado de matar a mulher, Patricia Maurel Conte, de 29 anos, com 11 tiros com uma espingarda de caça e abandonar o cadáver num campo de cultivo perto da aldeia onde cresceu.

Agora, foi a advogada, de 48 anos, a morrer às mãos de Salvador Calvo, de 50 anos, que estava em liberdade condicional desde 2017 depois de ter cumprido 14 anos de pena, com quem mantinha uma relação amorosa.

Segundo a delegada do governo de Aragón, Carmen Sánchez, em conferência de imprensa citada pelos jornais espanhóis, o alerta foi dado pelo marido da advogada, cerca das 21:00 de quarta-feira. A mulher não tinha regressado a casa nessa noite e o marido ligou para a polícia que entrou em contacto com a irmã da advogada.

A família de Rebeca Santamalia revelou que esta mantinha uma relação amorosa com o antigo cliente e a polícia deslocou-se à casa de Salvador Calvo. No local, ninguém respondeu à porta nem atendeu o telefone. As autoridades entraram então em contacto com a irmã de Salvador Calvo - que tinha as chaves da casa deste - e entrou no apartamento, onde encontrou a advogada morta com ferimentos de arma branca.

Horas antes, uma patrulha da Polícia Nacional viu um homem a caminhar num viaduto. Quando os agentes se digiriam até ao suspeito, o homem lançou-se no vazio. 

Apesar de não ter consigo nenhum documento de identificação, o suspeito foi identificado pelos registos dentais como sendo Salvador Calvo.

Segundo a Delegação do Governo de Aragón, que confirmou todos os dados deste crime, a morte de Rebeca Santamalia Cancer, que deixa um filho de 14 anos, está a ser considerada como violência de género.

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