A autarquia de Buffalo, no estado de Nova Iorque, Estados Unidos, quer uma nova investigação ao caso de Cariol Horne, uma agente afro-americana que foi despedida por denunciar a violência policial de um colega caucasiano.
O episódio aconteceu em novembro de 2006: Horne interveio porque o colega estava a aplicar uma técnica de estrangulamento a um suspeito algemado. Naquela altura, a agente já tinha cumprido 19 anos de serviço na polícia, dos 20 que precisava para ter direito a uma pensão de reforma. Por ter sido despedida, acabou por perder o direito à remuneração.
Não quero que nenhum agente passe por aquilo que eu passei", disse a antiga agente, em entrevista à CNN. "Tinha cinco filhos e perdi tudo, mas o suspeito não perdeu a vida. Por isso, se não tenho mais nada por que viver, sei pelo menos que fiz o correto e que ele ainda respira", desabafou.
Perante os recentes casos de violência policial nos Estados Unidos, nomeadamente o da morte de George Floyd, a autarquia de Buffalo solicitou ao gabinete do procurador-geral de Nova Iorque que volte a examinar o caso, referindo que existe "uma responsabilidade para propor proteção especial a agentes da polícia que intervenham para proteger cidadãos do uso excessivo da força em situações que envolvam outros agentes".