Segundo conta o canal, os telefonemas ocorreram durantes as últimas semanas e novamente hoje já depois do tiroteio. Bryce Williams dizia que pretendia “dar uma história ao canal”, mas nunca revelou qual era a notícia, dizendo apenas que queria enviar a informação por fax.
Já esta manhã, segundo descreve a ABC News, duas horas depois do crime, chegou um fax e Bryce Williams ligou para estação apresentando-se e dizendo que tinha assassinado os dois jornalistas. No telefonema, o ex-repórter disse que o seu nome legal era Vester Lee Flanagan e que a polícia estava atrás dele e que “estavam por todo o lado”.
No documento de 23 páginas enviado por fax, Bryce Williams diz que o que despoletou a carnificina de hoje foi uma reação ao racismo do tiroteio que ocorreu na igreja de Charleston, onde nove pessoas foram mortas a tiro.
“Porque eu o fiz? O que me fez explodir foi o tiroteio da igreja. E as minhas balas têm as iniciais das vítimas”, escreveu, não clarificando a quem se referia, mas dizendo que Jeová falou com ele e lhe disse para agir. O atirador diz ainda que esta é uma "guerra racial".
Mais à frente no manifesto, Bryce Williams cita o massacre de Virginia Tech e de Columbine, demonstrando admiração pelos homicidas.
Na carta, que em determinado ponto apelida de “Nota Suicida para Amigos e Família”, conta que sofreu discriminação racial, assédio sexual e bullying no trabalho, alegando que foi atacado por homens negros e mulheres brancas. Conta também que foi atacado por ser um homem negro gay.
“Sim, vai parecer que estou zangado… estou. E tenho todo o direito para estar. Mas quando deixar esta Terra, a única emoção que quero sentir é paz. O tiroteio na igreja foi a gota de água… mas a minha raiva tem vindo a acumular-se… Tenho sido um barril de pólvora humano à espera de BOOM!!!!”