Zika: milhões de infetados provocam emergência de saúde pública mundial - TVI

Zika: milhões de infetados provocam emergência de saúde pública mundial

Agente sanitário durante pulverização de inseticida em recife, cidade da região nordeste do Brasil

OMS diz que são esperados "três a quatro milhões de casos” da doença que pode custar 42 mil milhões de euros ao Brasil

O avanço do vírus Zika pode levar ao contágio de três ou quatro milhões de pessoas no continente americano e o aumento de casos de microcefalia em bebés constitui uma emergência de saúde pública internacional, segundo a OMS.

“Podemos esperar entre três a quatro milhões de casos”, declarou o alto responsável da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o continente americano, Marcos Espinal, após uma reunião em Genebra.

No continente, há 26 países e territórios com milhares de casos atingidos pelo surto do vírus Zika. Há casos isolados confirmados da doença em alguns países da Europa - todos importados - como na Dinamarca, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia, Espanha e Portugal (seis casos), e ainda em países como Indonésia, Tailândia, Samoa, Fiji e Cabo Verde, entre outros.

 

Doença pode custar 42 mil milhões ao Brasil

O virus Zika pode ter um impacto este ano de 47 mil milhões de dólares (42 mil milhões de euros) no Brasil, de acordo com os cálculos preliminares do professor de Economia Geraint Johnes, citados no site informativo 'The Conversation'.

De acordo com este professor da London School of Economics, "com o Carnaval e com o país a organizar os Jogos Olímpicos de agosto, será possível que o turismo represente 10% do PIB, um pequeno acréscimo face ao nível habitual de 9%, pelo que uma queda de 20% no turismo, à semelhança do que aconteceu com a gripe asiática (síndrome respiratória aguda grave), seria equivalente a uma redução de 47 mil milhões de dólares no PIB ao longo do ano".

No artigo escrito para o site informativo 'The Conversation', este académico assume que é ainda cedo para apresentar um cálculo definitivo quanto ao impacto da epidemia no Brasil, e por isso recorre a comparações parciais com outras epidemias, como a gripe asiática ou o virus Ébola.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE