Acredita-se que mais de quatro mil crianças na África Ocidental ficaram órfãs por causa do ébola. A instituição de caridade britânica Street Child conversou com moradores de Kenema, na Serra Leoa, cujas vidas foram devastadas pela epidemia. Um testemunho de vídeo, que a BBC conseguiu traduzir:
Douda Fullah e a família são apenas um exemplo dos milhares de vidas que foram dilaceradas pelo ébola. A 24 de julho, o jovem perdeu o pai. Duas semanas depois, a madrasta e o irmão de dois anos também morreram. Ela estava grávida de seis meses e abortou quando estava doente no hospital.
«Na minha família morreram cinco, incluindo o meu pai. O meu pai foi-se, a minha madrasta, avó, irmão e irmã também morreram. Todos se foram. Não há ninguém para ajudar», afirma o jovem. «Onde vou conseguir dinheiro para pagar outro mês de aluguer? Para poder continuar a viver em casa?», continua. «Não tenho esperança», conclui, entre lágrimas.
«Na minha família morreram cinco, incluindo o meu pai. O meu pai foi-se, a minha madrasta, avó, irmão e irmã também morreram. Todos se foram. Não há ninguém para ajudar», afirma o jovem. «Onde vou conseguir dinheiro para pagar outro mês de aluguer? Para poder continuar a viver em casa?», continua. «Não tenho esperança», conclui, entre lágrimas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) continua a fazer esforços para evitar que o ébola se espalhe para além dos três países da África Ocidental mais afetados pelo vírus mortal. O surto do ébola já matou mais de 4.500 pessoas na África Ocidental. Libéria, Guiné e Serra Leoa são os países mais afetados. Cerca de 70% dos infetados morreram nestes três países.
Nigéria e Senegal já foram considerados, pela Organização Mundial da Saúde, oficialmente livres da doença.