Furacão Maria: Governo diz que morreram 64 pessoas, mas afinal foram 70 vezes mais - TVI

Furacão Maria: Governo diz que morreram 64 pessoas, mas afinal foram 70 vezes mais

A destruição causada pelo furacão Maria em Porto Rico

Estudo publicado este mês explica que a tempestade que assolou Porto Rico, em setembro, provocou muito mais vítimas do que as anunciadas

Em setembro, o furacão Maria causou grandes estragos em Porto Rico e oficialmente matou 64 pessoas.

O número foi divulgado pelo governo do país, mas um estudo provou que afinal terão morrido cerca de 4.600 pessoas, 71 vezes mais do que o divulgado.

Já em dezembro de 2017, um artigo do The New York Times indicava que os mortos tinham sido bem superiores aos 64 anunciados, mais de mil, e esta semana foi a vez do The Guardian divulgar um estudo publicado no New England Journal of Medicine, que dá conta da existência de cerca de 4.600 mortes, devido a falhas no apoio médico e em infraestruturas consideradas fundamentais no socorro das vítimas.

Os investigadores admitem que o número pode ainda ser superior porque os problemas de comunicação no país ainda continuam e, por isso, o estudo pode não ter sido preciso. 

Os próprios realizadores dão um motivo para a diferença no número de vítimas, embora não consigam justificar a discrepância.

Na contagem oficial, o governo de Porto Rico tem apenas em conta as mortes diretamente relacionadas com o furacão e confirmadas pelo Instituto de Ciências Forenses. Neste estudo são consideradas todas as vítimas resultantes da tempestade e das suas consequências.

Carlos Mercader, representante estatal de Porto Rico, afirmou que o próprio governo esperava mais mortes e que têm investigadores a analisar o número exato de vítimas.

A magnitude deste trágico desastre causado pelo furacão Maria resultou em muitas mortes. Os estudos ajudarão a uma melhor preparação para futuros desastres naturais e evitar que vidas sejam perdidas", disse na reação a este estudo. 

Mercader diz mesmo que o Governo registou um aumento de 60% na mortalidade nos três meses seguinte à tragédia.

Registe-se que em grande parte das zonas atingidas ainda não há eletricidade, as estradas estão danificadas e falta quer água potável quer comida.

 

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