As acusações de falta de liberdade de expressão têm assolado o regime russo nos últimos anos. De acordo com vários grupos de proteção dos jornalistas, desde o início dos anos 90, entre 56 a 300 membros da imprensa nacional foram mortos na Rússia. O caso mais flagrante foi o da jornalista Anna Politkovskaya, assassinada em 2006, cuja morte foi ligada a querelas políticas.
Mas Donald Trump parece não acreditar que os casos sejam reais e afirmou, no programa “This Week”, da ABC News, que não há sequer provas que as mortes alguma vez tenham acontecido.
“Com toda o respeito a Putin, vocês estão a dizer que ele matou pessoas – eu não vi isso. Não sei se o fez. Conseguiram prová-lo? Sabem os nomes dos repórteres que matou?”.
De acordo com o Huffington Post, o multimilionário referiu que se os assassinatos tivessem ocorrido, isso seria “desprezível”, mas, salientou que nunca viu “qualquer prova que mostre que matou alguém, no que toca a repórteres”.
Os comentários surgem depois de Vladimir Putin ter afirmado que Donald Trump é “um homem muito talentoso” e o “líder absoluto da corrida presidencial” e do multimilionário ter respondido ao elogio, dizendo-se “honrado” pela distinção de um homem tão “respeitado” como o Presidente russo.
“Se Putin me respeita e se Putin me quer chamar brilhante e outras coisas que foram, francamente, muito gentis, vou aceitá-lo, em meu nome e em nome do nosso país”, declarou o multimilionário durante a entrevista. “Porque se nos dermos bem com a Rússia, isso é uma coisa positiva, não negativa”.
Muitos rivais de Donald Trump, dentro do Partido Republicano, têm alegado que o candidato tem usado Vladimir Putin como "uma medalha de honra", para se autopromover.