O Governo do Equador cortou o acesso à internet do fundador da Wikileaks, Julian Assange, que desde 2012 está exilado na embaixada daquele país em Londres, para evitar uma extradição.
O anúncio foi feito na conta de Twitter da Wikileaks, que adiantou que Assange deixou de poder aceder à internet no sábado, pouco tempo depois de serem divulgados no site vários discursos da candidata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, proferidos em conferências de imprensa da Goldman Sachs, em 2013.
We can confirm Ecuador cut off Assange's internet access Saturday, 5pm GMT, shortly after publication of Clinton's Goldman Sachs speechs.
— WikiLeaks (@wikileaks) 17 de outubro de 2016
Confirmamos que o Equador cortou o acesso à internet a Assange, no sábado, às 17:00 (18:00 em Lisboa), pouco depois da publicação dos discursos de Hillary Clinton”.
Segundo a Reuters, mesmo sem internet, uma nova série de e-mails do chefe de campanha de Hillary Clinton, John Podesta, foram publicados na segunda-feira.
Nas últimas semanas o Partido Democrata foi alvo de ataques informáticos e vários e-mails foram pirateados. O partido e até agências do Governo norte-americano têm acusado a Rússia de responsabilidade nos ataques, como forma de interferir na campanha presidencial.
A Wikileaks tem sido o site que mais tem publicado estas informações, mas rejeita quaisquer ligações à Rússia, sem, no entanto, revelar quem é a fonte dos documentos.
O fundador do site conhecido pela divulgação de documentos confidenciais está exilado na embaixada do Equador em Londres, desde junho de 2012, depois de ter um tribunal britânico ter ordenado a sua extradição para a Suécia, onde é procurado para interrogatório por alegados abusos sexuais de duas mulheres.