Tailândia: conheça os meninos presos na gruta, liderados pelo treinador que foi monge - TVI

Tailândia: conheça os meninos presos na gruta, liderados pelo treinador que foi monge

Imprensa local fala na possibilidade do treinador ser acusado de crime

12 crianças de uma equipa de futebol e o treinador estão presos há 13 dias numa gruta na Tailândia e a única possibilidade de sair, até ao momento, é por túneis inundados de água, num percurso que duraria cinco horas.

O cenário não é animador e fora da gruta trabalham mais de mil pessoas, desde elementos da Marinha, do exército a voluntários. A chuva ameaça a tragédia e, por isso, os trabalhos não abrandam na tentativa de retirar a equipa dos Wild Boars do local. 

Mas quem são estes meninos, que há 13 dias, após um jogo, passeavam nas montanhas e ficaram encurralados após uma chuva torrencial?

São 12 crianças entre os 11 e os 16 anos e o treinador, que tem 25 anos, e apenas uma fala inglês. Aliás, se todos eles já são heróis por estarem a resistir a estes dias, Adul Sam-on (14 anos) merece uma distinção. O médio esquerdo foi quem deu o alerta ao ouvir barulho e pedir auxílio em inglês, língua dos mergulhadores que os encontraram. Ensinou a palavra "eat" (comer) aos colegas e todos gritaram para serem ouvidos. Os mergulhadores ouviram, descobriram-nos e deram o alerta. O que as crianças queriam era comer e daí a repetição da palavra "eat", relataram os mergulhadores à imprensa local.

De acordo com as agências de notícias locais, Adul fala inglês por causa das atividades religiosas em que participa. Também fala tailandês, mandarim e birmanês, que aprendeu quando morava na fronteira no estado de Shan, no Mianmar. Como muitos estudantes no distrito de Mae Sai, na Tailândia, ele viaja pela fronteira todos os dias.

Para além de Adul há mais 11 jogadores presos.

Ekkarat Wongsookchan é o guarda-redes, de 14 anos, e é mais conhecido por Bew. É ele o menino que no final de cada treino arruma o material. Bew tem a seu lado um amigo, que não faz parte dos Wild Boars, mas que tinha ido àquele jogo e por isso ficou preso também. Chama-se Pipat Bodhi e tem 15 anos.

Os defesas são Pornchai Kamluang, de 16 anos, conhecido como Tee, e Panumas Saengdee , de 13, apelidado de Mick. 

No meio-campo, para além de Adul, jogam Peerapat Sompiangjai, de 16, conhecido como Night, e Sompong Jaiwong, de 13, conhecido por Pong.

Os atacantes da equipa são Duangpetch Promthep, de 13 anos, conhecido como Dom, que é o capitão de equipa, Nattawut Takamsai, de 14 anos, e Chanin Wiboonrungrueng, de 11, chamado de Titan. Este último é o mais novo da equipa.

Prajak Sutham, de 14 anos, conhecido como Nota, joga ocasionalmente à baliza, quando não atua no meio-campo.

Com eles está Mongkol Boonpiam, de 14 anos, conhecido como Mark, que está na equipa à experiência. Mark joga futebol desde que estava no jardim de infância e ama tanto futebol que usa quase sempre uma camisola de futebol. A sua equipa favorita é o Muangthong United, que lidera a liga tailandesa. 

O treinador é Ekaphol Chantawong, de 25 anos. O treinador já foi um monge budista, vida que deixou para trás para tomar conta da avó. Atualmente treina os Wils Boars FC com quem mantém uma relação de cumplicidade e com quem tem o hábito de passear no fim dos treinos e jogos. Na Tailândia falam na possibilidade de ser acusado de crime por ter levado os meninos para aquele local, mas ainda não há nenhuma decisão oficial.

A maioria dos jogadores é de minorias étnicas e comunidades pobres e muitos deles foram para o clube quando tinham oito ou nove anos de idade.

Os rapazes e o treinador entraram na caverna Tham Luang Nang Non depois de uma partida de futebol no dia 23 de junho e apenas foram encontrados dez dias depois. Já passaram 13 dias desde então e ainda não conseguiram avançar para o resgate.

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