Médico acusado de matar 25 doentes com dose letal de analgésico - TVI

Médico acusado de matar 25 doentes com dose letal de analgésico

William Husel

William Husel, de 43 anos, alega inocência dos 25 crimes e assegura que nunca teve intenção de matar ninguém

Um médico norte-americano foi detido e acusado pela morte de 25 pacientes, depois de lhes prescrever doses potencialmente letais de Fentanil, um analgésico altamente potente, considerado mais forte que a morfina 80 a 100 vezes.

As autoridades acreditam que o médico, que trabalhava na unidade de cuidados intensivos do Mount Carmel Health, em Columbus, no Ohio, terá prescrito de forma intencional doses potencialmente letais de Fentanil a 25 pacientes.

O Fentanil foi uma das substâncias detetadas pelos médicos legistas no corpo do cantor Michael Jackson, que morreu em 2009, vítima de overdose medicamentosa.

De acordo com a acusação, o médico terá prescrito doses de 500 e 2 000 microgramas de Fentanil, que terão redundado na morte de 25 pessoas. William Husel, o médico de 43 anos, alega inocência dos 25 crimes de que é acusado pelo Tribunal de Franklin County, e assegura que nunca teve intenção matar ninguém. 

As mortes terão ocorrido entre fevereiro de 2015 e novembro de 2018. A investigação ao médico começou depois de um advogado que representa o hospital ter contactado as autoridades após ter sido alertado por um enfermeiro dos cuidados intensivos para potenciais más práticas por parte do médico.

Husel foi alvo de uma investigação interna no hospital e, em dezembro de 2018, foi despedido do sistema de saúde de Mount Carmel e viu a carteira profissional revogada.

De acodo com a Associated Press, foram feitas duas dezenas de acusações contra o médico Várias foram arquivadas pelo hospital a troco de centenas de dólares. O hospital acabou por admitir que este só foi afastado no inverno passado e que, entre o início das acusações e o seu afastamento, três mortes terão ocorrido nas mesmas circunstâncias.

Todos os funcionários que trabalharam com Husel durante a administração dos medicamentos aos pacientes que morreram, foram afastados ou transferidos para outros serviços. Quarenta e oito enfermeiros e farmacêuticos foram sinalizados, 30 dos quais foram afastados e 18 deixaram de trabalhar em Mount Carmel.

Continue a ler esta notícia