VÍDEO: A emocionante despedida de um jogador de quinto escalão na Argentina - TVI

VÍDEO: A emocionante despedida de um jogador de quinto escalão na Argentina

Wilson Severino

Wilson Severino jogou cinco minutos frente ao River Plate

Wilson Severino. Pai brasileiro e mãe argentina. Destinado a um qualquer campo de futebol, portanto. No caso, o estádio Ricardo Puga, casa do Club Atlas, e que nesta terça-feira encontrou o gigante River Plate na Taça da Argentina.

A equipa acabou derrotada. Wilson Severino protagonista maior da noite.

Atlas, La Otra Pasión é um programa da Fox Sports sobre aquele emblema de Buenos Aires que atua no quinto escalão argentino. Portanto, tanto o clube como a sua maior figura, Wilson Severino, já eram conhecidos do público daquele país.

Já toda a Argentina sabia que o avançado era o maior marcador do Club Atlas e fã confesso do River Plate. E sabia também que Wilson Severino não jogava há mais de um ano.

O que não sabia era que este filho de um brasileiro e uma argentina ia cumprir o sonho, antes de desatar num pranto incrível.

Wilson Severino entrou aos 85 minutos do encontro com o River Plate. E já ia com lágrimas nos olhos depois de ter abraçado todos os integrantes do banco do Club Atlas.

Já em campo abraçou o capitão dos Millonarios, Leonardo Ponzio. Mas foi na zona mista que Wilson Severino se emocionou a sério.

Eis as palavras de Wilson Severino depois de se ter despedido em definitivo dos relvados.

«É um sonho cumprido. Agora, dou graças a vocês pelo apoio. Obrigado ao bairro, ao campo baldio [em que se jogam peladinhas]. Obrigado a todos os rapazes dos escalões inferiores. Obrigado a todos esses rapazes que trabalham e se esforçam arduamente para chegarem a um campo de futebol. Não temos contratos milionários nem viagens à Europa. Somos uns rapazes que se ajudam uns aos outros para poder estar num campo e sermos o que somos: jogadores de futebol. É a nossa essência. Há muita gente que não o entende. A família critica-te e diz-te: “És um louco, não ganhas nada. Louco, acabas de trabalhar e vais logo jogar futebol e não ganhas nada. Chegas a casa magoado e cansado.” Peço perdão ao meu filho porque perdi 13 anos da vida dele por causa do futebol. Não me arrependo, mas peço-lhe desculpa. Oxalá um dia entenda. Por causa disso não temos uma boa relação, porque não passei muito tempo com ele. Mas ele tem de entender que eu sou um jogador de futebol.»

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