Enquanto 820 milhões de pessoas passam fome, o desperdício alimentar apresenta custos de mil milhões - TVI

Enquanto 820 milhões de pessoas passam fome, o desperdício alimentar apresenta custos de mil milhões

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  • 10 set 2020, 00:47
Alimentação infantil

A World Wide Fund for Nature alerta que a perda e o desperdício de alimentos também contribuem para as alterações climáticas, com uma responsabilidade estimada em “pelo menos 6% do total de gases com efeito de estufa”, três vezes mais do que as emissões globais da aviação

Mais de 820 milhões de pessoas no mundo passam fome ou insegurança alimentar, enquanto o desperdício de alimentos resulta em custos ambientais de 700 mil milhões de dólares e despesas sociais de 900 mil milhões, segundo a WWF.

Reduzir o desperdício de alimentos representa uma oportunidade crucial para aliviar a pressão ambiental no nosso planeta”, defende a organização de conservação da natureza no relatório Planeta Vivo 2020, esta quinta-feira divulgado.

A WWF (World Wide Fund for Nature) alerta que a perda e o desperdício de alimentos também contribuem para as alterações climáticas, com uma responsabilidade estimada em “pelo menos 6% do total de gases com efeito de estufa”, três vezes mais do que as emissões globais da aviação.

Quase um quarto - 24% - de todas as emissões do setor alimentar vem de alimentos que são perdidos nas cadeias de abastecimento ou desperdiçados pelos consumidores”, lê-se no relatório.

As mudanças na utilização dos solos são atualmente o mais importante vetor na perda de biodiversidade, de acordo com a WWF, seguindo-se as alterações climáticas, a sobre-exploração de recursos, a poluição e as espécies invasoras, “não muito atrás”.

Até um quinto das espécies selvagens estão em risco de extinção neste século devido apenas às alterações climáticas”, segundo a organização.

A Associação Natureza Portugal (ANP) e a WWF preconizam um Novo Acordo para a Natureza e as Pessoas, destinado a proteger e restaurar a natureza até 2030, como suporte aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

As três metas deste novo acordo são “zero perda de habitat”, “zero extinção de espécies” e “reduzir para metade a pegada ecológica da produção e do consumo”.

Os dois documentos foram apresentados numa sessão ‘online’ em que participaram, entre outros, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.

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