Timor: GNR socorre Ramos Horta - TVI

Timor: GNR socorre Ramos Horta

Ramos Horta entra numa ambulância no aeroporto de Darwin (SHANE EECEN/EPA)

Militar português conta ao PDiário operação de resgate na residência do presidente timorense. Apoiantes do major Reinado, morto no atentado, podem causar distúrbios durante a noite Ramos Horta está nos cuidados intensivos e não foi operado em Darwin

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As forças portuguesas da GNR em Timor-Leste entraram em acção de imediato, depois de terem sido alertadas para o tiroteio em que o presidente timorense ficou gravemente ferido.

Junto com os onze militares da secção de operações especiais da força portuguesa, seguiram três elementos do INEM. Um militar português disse ao PortugalDiário que o auxílio demorou dez minutos a chegar à residência do prémio Nobel da Paz: foram as primeiras forças de segurança a acorrer ao local do atentado.

«Recebemos informações que havia um tiroteio junto a casa do senhor Presidente da República e enviámos de imediato os onze elementos da secção operações especiais», explicou ao PortugalDiário o Tenente Luís Fernandes, desde Díli, em conversa telefónica.

O militar explicou que o alerta chegou cerca das 7h00 e «dez minutos depois» os elementos da GNR estavam no local. «O incidente ter-se-á registado cerca das 6h30», precisou o tenente Fernandes.



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Quando os operacionais portugueses chegaram à residência de Ramos Horta, este «estava no chão ferido». Além do chefe de Estado timorense encontravam-se no local, já sem vida, «Alfredo Reinado e um outro elemento do seu grupo». Um homem das forças de defesa de Timor estava ferido.

«Fomos de imediato prestar auxílio ao presidente», frisou o militar português, com os elementos do INEM a prestarem os primeiros cuidados médicos. Em seguido, escoltaram Ramos Horta para o hospital de campanha australiano e posteriormente para a Austrália.

O tenente Luís Fernandes referiu que quando a GNR chegou ao local o tiroteio já havia cessado e que não houve «qualquer troca de tiros» posterior envolvendo as forças portuguesas.

Quanto ao incidente que envolveu o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, foi confirmada a ocorrência de uma emboscada, mas que não se registou «nada de extraordinário, para além dos danos materiais na viatura» onde seguia o chefe de Governo timorense.

O militar português descreveu o ambiente que se vive na capital timorense como «pacífico» mas admite: «Poderá haver nos próximos dias alguma alteração deste panorama».

O capitão Martinho, também da GNR, disse à TSF que, durante a noite (em Timor são 21h), é de esperar que os apoiantes de major Reinado saiam à rua e possam provocar distúrbios. Recorde-se que Reinado foi morto, depois de alvejar Ramos Horta, num atentado planeado pelos guerrilheiros.

O grau de prontidão dos militares é imediato, referiu ainda ao PortugalDiário o tenente Luís Fernandes. «Zero minutos», descreveu desta forma o tempo de reacção da força portuguesa perante qualquer eventualidade.
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