No rescaldo do Brexit foi registado um aumento do número de casos de xenofobia e de racismo e, para que qualquer pessoa possa denunciar uma situação, foi criada no Twitter a página "Post Ref Racism".
No correr da hashtag "#PostRefRacism", muitos são os utilizadores que denunciam alegados casos de racismo que aconteceram com eles próprios ou com familiares e amigos.
Um dos diretores do jornal britânico The Guardian, escreveu um post no Twitter onde relata a conversa que teve com duas mães alemãs, casadas com homens britânicos, que agora têm receio de "falar alemão com os filhos na rua".
Spoke with two German mothers, married to UK citizens, who said they find it too risky to speak German with their kids in the streets now.
— Wolfgang Blau (@wblau) June 26, 2016
O internauta Dr Zoe Norris escreveu que um amigo médico de profissão que "nasceu e trabalhou desde sempre" no Reino Unido terá sido "arrasado" em Manchester.
Another friend racially abused today in Manchester. Born &always lived &worked in UK as a doctor. He is devastated. This has to stop.
— Dr Zoe Norris (@dr_zo) June 28, 2016
Os insultos racistas são os que têm mais relevo na hashtag. Para além da discriminação dos países, as pessoas parecem estar a julgar os que são de raça diferente. Na página "Post Ref Racism" pode ler-se, por exemplo, que "três jovens" gritaram com um homem negro para que "ele voltasse para África". As imagens do momento estão a circular nas redes sociais:
O utilizador Eoin mostrou no Twitter imagens de autocolantes neonazistas que estão junto ao parque de Glasgow Green:
Neo-nazi stickers have gone up all around the Clyde and Glasgow Green in the last few days. This breaks my heart. pic.twitter.com/qStnF6VDcE
— Eoin (@Eeyinnotyouwin) June 26, 2016
A página já tem mais de sete mil seguidores e continua a incentivar os utilizadores a partilharem os relatos e as denúncias de racismo e de xenofobia.