Atentado à bomba faz pelo menos 10 mortos no Paquistão - TVI

Atentado à bomba faz pelo menos 10 mortos no Paquistão

  • AR
  • 25 abr 2017, 08:09
Atentado no Paquistão

Ataque a zona xiita no noroeste do país provocou também 13 feridos

Pelo menos dez pessoas morreram e 13 outras ficaram feridas esta terça-feira depois de a furgoneta em que seguiam ter sido alvo de um atentado à bomba numa zona xiita do noroeste do Paquistão, informou uma fonte oficial.

O atentado ocorreu cerca das 06:30 (02:30 em Lisboa) quando uma bomba explodiu à passagem da viatura, que viajava entre duas povoações da zona tribal de Khurram, disse o porta-voz da Administração local, Majeed Ullah, à agência noticiosa espanhola Efe.

Todas as vítimas mortais pertencem à minoria xiita e entre elas figuram três crianças e duas mulheres.

Os feridos, entre os quais três polícias, foram transportados para o hospital de Parachinar, a capital de Khurram.

Em comunicado, o ministro do Interior paquistanês, Chaudhry Nisar, expressou a sua "dor pela perda de vidas humanas" e pediu um relatório sobre o caso.

Esta zona do noroeste do Paquistão, de maioria xiita, é frequentemente palco de atos violentos por parte da insurgência sunita.

Em março, 22 pessoas morreram e dezenas de outras ficaram feridas num atentado perpetrado com um carro armadilhado perto de uma mesquita xiita para mulheres localizada em Parachinar.

Em janeiro, uma bomba matou 22 pessoas e feriu 87 num mercado da mesma localidade.

O Paquistão lançou uma nova operação militar contra os rebeldes em todo o país, batizada de Radd-ul-Fasaad ("Eliminação da discórdia"), após uma série de atentados em cadeia que em fevereiro causaram cerca de 130 mortos.

A ofensiva dá continuidade à operação Zarb-e-Azb, posta em marcha nas zonas tribais em junho de 2014, com a qual o exército garante ter abatido 3.500 rebeldes, um número que não foi, contudo, comprovado por fontes independentes.

Desde o início da operação, o número de ataques terroristas sofreu uma significativa redução em todo o país, apesar de continuarem a suceder sobretudo em áreas tribais.

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