Zika: EUA confirmam primeiro caso de transmissão por via sexual - TVI

Zika: EUA confirmam primeiro caso de transmissão por via sexual

Autoridades do Texas dizem que paciente infetado teve relações sexuais "com uma pessoa que regressou de um país onde o vírus está presente"

As autoridades de saúde do Texas, no sul dos Estados Unidos, notificaram, nesta terça-feira, um caso de transmissão por contacto sexual do vírus Zika, potencialmente perigoso para mulheres grávidas e em crescimento na América Latina.

“O paciente foi infetado com o vírus depois de ter relações sexuais com uma pessoa doente, que regressou de um país onde o vírus está presente”, referiu, em comunicado, o Serviço de Saúde do Condado de Dallas.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos contabilizaram, até ao momento, 51 casos de vírus Zika no país, mas este é o primeiro caso que detetam por transmissão sexual.

Também esta terça-feira, a Irlanda revelou que foram detetados os primeiros casos do vírus Zika em duas pessoas que viajaram para um país infetado pela vírus.

Ministros da Saúde do Mercosul reúnem-se quarta-feira

Os ministros da Saúde do Mercosul, o mercado comum sul-americano, vão reunir-se quarta-feira no Uruguai para discutir a epidemia na região do vírus Zika, potencialmente perigoso para mulheres grávidas.

O objetivo do encontro é “avaliar a situação epidemiológica na região, em conexão com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti”, vetor do Zika, anunciou hoje, em comunicado, o Ministério da Saúde do Uruguai.

Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, como membros da Mercosul, Bolívia, em processo de adesão, e Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, como parceiros da organização, vão participar no encontro, a realizar em Montevideo.

O vírus Zika manifesta-se em sintomas semelhantes aos da gripe, como febres baixas, dores de cabeça, dores nas articulações e erupções cutâneas. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença está a propagar-se " de forma explosiva" pelo continente americano, com  três a quatro milhões de casos esperados este ano, dos quais 1,5 milhões no Brasil, o país mais afetado. 

Este vírus é associado no Brasil a um aumento de casos de microcefalia, um distúrbio de desenvolvimento fetal que causa o perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, o que provoca atrasos no desenvolvimento mental. 
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