Chefe da polícia de Minneapolis demite-se após morte de australiana - TVI

Chefe da polícia de Minneapolis demite-se após morte de australiana

  • MM
  • 22 jul 2017, 11:15
Justine Damond

Justine Damond, professora de ioga e meditação, de 40 anos, foi morta a 15 de julho por um dos dois polícias que responderam ao seu telefonema para os serviços de emergência

A chefe da polícia da cidade norte-americana de Minneapolis demitiu-se na sexta-feira, a pedido da presidente da câmara, depois de a polícia ter morto a tiro uma mulher desarmada.

A australiana Justine Damond, professora de ioga e meditação, de 40 anos, foi morta a 15 de julho por um dos dois polícias que responderam ao seu telefonema para os serviços de emergência (911) a relatar uma possível agressão numa rua próxima do local onde residia, em Minneapolis, no estado do Minnesota (norte).

O caso, de grande repercussão internacional, resultou em várias críticas à atuação da chefe da policia de Minneapolis Janee Harteau, que acabou por se demitir a pedido da presidente da câmara, Betsy Hodges.

Uma mulher australiana, com 40 anos, foi morta, em circunstâncias ainda por apurar, por um polícia que respondia a uma chamada para o número de emergência. O caso está a chocar o país e a gerar fortes críticas à polícia.

De acordo com a BBC, Justine Damond tinha ligado para o 911 (o número de emergência nos Estados Unidos), porque tinha ouvido um ruído estranho perto de casa, e acabou baleada por um agente. O incidente ocorreu na noite de 15 de julho, por volta das 23:30 (hora local).

O departamento de segurança pública está a investigar o caso e revelou que os dois polícias, que responderam ao alerta, não tinham as câmaras de filmar, instaladas na farda, ligadas. Os agentes de segurança, nos Estados Unidos, costumam usar câmaras presas nas fardas, mas o equipamento estava desligado no dia da morte de Justine.

Matthew Harrity, o polícia que estava ao volante do carro patrulha, já foi ouvido pelos investigadores responsáveis pelo caso, escreve o jornal The Washington Post. Já Mohamed Noor, que seguia no lugar do passageiro e fez o disparo que vitimou mortalmente Justine, ainda não se disponibilizou para prestar depoimento. Ambos foram suspensos das funções.

Fomos “assustados por um grande barulho”, perto do carro, garantiu Matthew Harrity aos investigadores.

As autoridades divulgaram a chamada para o 911, que pode adiantar as primeiras pistas sobre o que terá acontecido na noite em que um polícia disparou contra Justine Damond.

De acordo com as gravações das chamadas de Justine para o 911, difundidas pelas autoridades esta quarta-feira, a australiana ligou duas vezes para o número de emergência, na noite de sábado, para denunciar um possível ataque sexual.

 

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