Sócrates: investimento público é única resposta à crise - TVI

Sócrates: investimento público é única resposta à crise

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Crise é «muito severa»

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O primeiro-ministro, José Sócrates, deu exemplos de vários países para defender que o investimento público é «a única resposta que o Estado está em condições para dar, face à crise económica e financeira internacional».

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«Um pouco por todo o mundo, todos os governos estão à procura de bons projectos que os estados possam desenvolver como forma de combater os efeitos da crise internacional que estamos a viver e com o objectivo de dar mais oportunidades às suas empresas e empregos aos seus cidadãos», afirmou esta sexta-feira à noite, citado pela Lusa.

José Sócrates, que falava numa cerimónia no Porto de Aveiro, para apresentação dos projectos de modernização e ampliação daquela infra-estrutura, disse «achar que Portugal deve fazer o mesmo».

José Sócrates afirmou que «muitos portugueses voltam-se para o Estado na expectativa de que ele esteja à altura da situação».

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«E o Estado estará à altura da situação se responder a esse desafio, fazendo mais investimento público. Isso não é apenas uma questão política mas sim de responder da única forma em que o Estado está em condições de responder aos desafios que a situação impõe», frisou.

«Por mais discussões e debates que tenhamos, julgo que não há dúvida de que o investimento público tem de ser uma componente central dessa estratégia» e «isso está a acontecer em todos os países do mundo, como os Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido», adiantou.

«Um pouco por todo o mundo, os Estados acham que este é o momento de avançar com investimento público que seja capaz de amenizar os efeitos da crise internacional. Não vou, como muitos fizeram, dedicar um minuto que seja à descrição da crise mas a verdade é que ela é muito severa», afirmou o primeiro-ministro.

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Para além dos efeitos directos que, para José Sócrates, o investimento público pode ter na economia e no «combate ao declínio do consumo», ele «também dinamiza, dá ânimo, vontade», atirou.

«Há aqui uma questão de atitude: a única maneira de responder às dificuldades é cerrar os dentes e enfrentá-las. Não com optimismos estouvados, é certo, mas com determinação. Porque nunca vi o pessimismo nem o desânimo criar um posto de trabalho», rematou.
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