Reações da Igreja e da sociedade à morte de D. José Policarpo - TVI

Reações da Igreja e da sociedade à morte de D. José Policarpo

D. José Policarpo (Lusa/José Sena Goulão)

A morte de D. José Policarpo tem sido alvo de homenagem por vários quadrantes da sociedade e da Igreja. Em Portugal e no mundo

Mesmo para os não católicos, penso que estaremos de acordo que a morte de D. José Policarpo representa uma perda

O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, afirmou hoje que a morte do patriarca emérito de Lisboa José Policarpo representa «uma perda para a cultura, para os católicos e mesmo para aqueles que não são católicos».

«Foi uma enorme surpresa a morte de D. José Policarpo, porque ainda na segunda-feira tinha tido oportunidade de estar com ele. Mesmo para os não católicos, penso que estaremos de acordo que a morte de D. José Policarpo representa uma perda, não só para a cultura religiosa, mas para a cultura em geral, porque ele era um gigante da cultura a todos os níveis», disse.

Também a Confederação Nacional das Associações de Famílias (CNAF) lamentou, em comunicado, a morte do patriarca emérito de Lisboa, José Policarpo, lembrando que foi «um grande pensador» e um «sacerdote tocante».

«O senhor D. José Policarpo foi um grande pensador, um notável académico e um sacerdote tocante, tendo sido uma personalidade maior da Igreja Católica portuguesa nas últimas décadas», pode ler-se no comunicado enviado à Lusa.

O ainda bispo de Aveiro, que tomará posse em breve como bispo do Porto, António Francisco dos Santos, recordou hoje o patriarca emérito de Lisboa, José Policarpo, como um «exemplo a seguir» e um «mestre» com quem «sempre aprendia».

«É com imenso pesar que recebi a notícia da morte do senhor D. José. Ainda ontem [segunda-feira], a seu pedido, estive reunido em ele aqui em Fátima, para uma agradável conversa e para prepararmos um trabalho que ele ia fazer em Aveiro no próximo dia 02», relatou à agência Lusa António Francisco dos Santos.

O arcebispo de Évora, José Alves, considerou que o patriarca emérito de Lisboa José Policarpo, que morreu na quarta-feira, uma figura de proa e uma voz autorizada e inteligente nos momentos críticos do país.

«Foi em Portugal uma figura de proa que teve um significado muito particular - como já alguns outros frisaram - para o país e, particularmente, para a Igreja, no âmbito universitário e nos momentos críticos também do nosso país, ele foi uma voz autorizada, uma voz inteligente, uma voz serena e uma voz que sabia ler a sociedade e ter a palavra oportuna no momento oportuno», afirmou José Alves.

O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, afirmou que o patriarca emérito de Lisboa José Policarpo, que morreu na quarta-feira, é uma «referência» para uma geração de padres e bispos.

«D. José Policarpo, para a minha geração de padres e de bispos, é uma referência, porque habituámo-nos a crescer, a olhar para a sua figura de padre, de bispo, de teólogo, de professor de teologia, de conferencista», declarou Virgílio Antunes.

O bispo de Santiago, Arlindo Furtado, lamentou hoje «com muito pesar» a morte, na quarta-feira, do patriarca emérito de Lisboa, José Policarpo, considerando tratar-se de um homem a quem Cabo Verde «muito deve».

Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), Arlindo Furtado lembrou a amizade criada entre ambos e que data desde o início dos anos 70 do século XX, altura em que o conheceu em Coimbra, numa iniciativa promovida pelo Instituto Superior de Estudos Teológicos de Lisboa, de que José Policarpo era reitor.

«É com muito pesar que me chega essa notícia, porque é um homem a quem Cabo Verde deve muito. Era um homem muito reconhecido pela sua capacidade intelectual e pela sua cultura e deu um grande contributo para a formação de sacerdotes em Portugal e noutras paragens. Era um grande amigo de Cabo Verde», salientou.

E também o bispo de Baucau, Basílio do Nascimento, lamentou a morte do patriarca emérito de Lisboa, José Policarpo, recordando o «amigo de Timor-Leste» e a relação que tinha com os timorenses.

«Guardo muito boas recordações de D. José Policarpo. Mas, as recordações mais particulares, guardo-as da proximidade de D José em relação a Timor».
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