Stefano Sorrentino foi o primeiro guarda-redes em Itália a defender um penálti de Cristiano Ronaldo. O feito de segunda-feira é a especialidade do guardião do Chievo, mas ganha outra dimensão tendo em conta quem bateu a grande penalidade.
Em entrevista à Gazzetta Dello Sport, Stefano Sorrentino explicou o segredo para travar Ronaldo.
«Atrás da defesa de um penálti há estudo, preparação e intuição. O meu pai, Roberto, guarda-redes nos anos 70 e 80, tinha um bloco com notas sobre os marcadores. Eu, no início, procurava os avançados no Youtube, agora com Lorenzo Squizzi, treinador de guarda-redes, vejo vídeos antes dos jogos e decidimos juntos a estratégia», contou o guardião de 39 anos, explicando que acertaram a previsão sobre a forma como Ronaldo iria rematar.
«O Ronaldo marcou um belo penálti. Já tinha decidido para que lado me iria atirar, e antecipei-me por uma fração de segundo. Caso contrário, não teria defendido. Ele rematou colocado e com força, mas à minha altura», disse Sorrentino, que admite que este foi um dos momentos mais marcantes da carreira.
«Vou guardar tudo. Meias, camisola, calções e meias», garantiu.
Stefano Sorrentino tem recebido cumprimentos de muita gente por ter defendido o penálti, mas recorda um especial. «A minha mãe estava no estádio, o meu pai não. Quando nos encontrámos, ele disse-me ‘Boa’, e, para ele, isso é muito, porque não faz muitos elogios».
Recorde-se que Ronaldo e Sorrentino já se tinham encontrado na primeira volta, na estreia do português em jogos oficiais pela Juventus, e o guardião terminou o jogo no hospital por causa de um lance com o avançado. Na altura, o português enviou-lhe uma mensagem, o que deixou o guarda-redes sensibilizado.
Após este penálti, ainda não houve troca de mensagens, mas Sorrentino conta: «Ronaldo passou por mim no final do jogo e deu-me um high five».