Orçamento da Madeira «não está à altura dos tempos»

O Orçamento Regional apresentado pelo Governo madeirense evidencia alguma consolidação orçamental mas «não está à altura dos tempos, que são de grandes dificuldades». É esta a perspetiva do deputado do PS-Madeira, Maximiano Martins.

« Olha-se para este Orçamento e vê-se consolidação, mas não se vê ajuda à economia e às empresas, nem ajuda social às famílias e desempregados, o que significa que Orçamento da Região não está à altura dos tempos», disse o parlamentar socialista madeirense em conferência de imprensa.

Este é «um tempo de grandes dificuldades em que todas as expetativas vão no sentido da pioria da situação social em que estamos a viver«.

Para o deputado do PS-M, «um Orçamento que cumprisse plenamente os seus objetivos e estivesse à altura dos tempos teria satisfazer três objetivos estratégicos», enunciando a consolidação orçamental, o apoio à economia e políticas sociais pró-ativas de ajuda a famílias em dificuldades.

E, por isso, o «Orçamento Regional devia ter ações concretas no âmbito da pobreza e combate à fome», defendendo este deputado a necessidade da realização de um estudo da dinâmica destes fenómenos, bastando para o efeito ouvir as diversas entidades envolvidas no apoio aos mais desfavorecidos na região.

Referindo que por proposta do PS-M, alguns responsáveis de diversas instituições estão a ser ouvidos na Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado sustentou ser necessário «afetar meios para que estas instituições possam cumprir plenamente a sua ação de voluntariado e solidariedade social». «Não faz sentido estas instituições ficarem sem meios para fazer o que é básico e elementar na nossa sociedade».

O deputado mencionou ainda que na Madeira há um crescimento do desemprego, que «representa mil novos desempregados todos os meses e a perspetiva é chegar ao Verão com 25 mil desempregados, o que numa pequena população é uma região em situação crítica».

O Governo Regional da Madeira apresentou segunda-feira uma proposta e Orçamento para 2012 na ordem dos 2,2 mil milhões de euros, num cenário de um programa de ajustamento financeiro acordado com o Governo central.