Demissão de Rui Pedro Soares é «insuficiente» - TVI

Demissão de Rui Pedro Soares é «insuficiente»

Jerónimo de Sousa (Manuel de Almeida/Lusa)

Saída de administrador da PT «não invalide que se continua a aprofundar o esclarecimento», sublinha Jerónimo de Sousa

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O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou esta quinta-feira a demissão do administrador da PT Rui Pedro Soares «insuficiente», afirmando que «não foi apenas um crime de alma com certeza», escreve a Lusa.

Questionado pelos jornalistas sobre a renúncia ao cargo de Rui Pedro Soares, Jerónimo de Sousa disse que esta «é um elemento, um facto irrefutável», mas crê que é «insuficiente».

«Esta demissão não foi apenas um crime de alma com certeza», realçou o dirigente comunista, acrescentando que «não nos devíamos sentir satisfeitos por que houve alguém que pediu a demissão».

Para Jerónimo de Sousa, «isto não invalida que se continue a aprofundar o esclarecimento».

Rui Pedro Soares renunciou quarta-feira ao cargo de administrador da PT e, numa carta enviada ao conselho de administração da empresa, garantiu que nunca teve qualquer «comportamento indevido» e que não praticou actos «lesivos dos interesses» da empresa.

A última edição do semanário «Sol» voltou a transcrever extractos do despacho do procurador João Marques Vidal, responsável pelo caso Face Oculta, em que considera haver «indícios muito fortes» do envolvimento do Governo, «nomeadamente o primeiro-ministro», num plano de controlo de vários meios de Comunicação Social, além da TVI.

Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor da PT, Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT, Fernando Soares Carneiro, administrador da PT e o proprietário da Controlinveste, Joaquim Oliveira.
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