Um dia após a detenção de João Rendeiro, Rui Pinto reagiu à atuação das autoridades e indicou o caminho a seguir.
O hacker explica que é necessário agora “estabelecer a ligação entre os 12 cartões bancários na posse de João Rendeiro e as correspondentes contas bancárias, que se crê offshore”.
Posto isto, Rui Pinto considera que é imperioso “encetar esforços para a apreensão de todo esse dinheiro” que poderá ser utilizado para “indemnizar muitas das vitimas que burlou”.
Importa agora estabelecer a ligação entre os 12 cartões bancários na posse de João Rendeiro e as correspondentes contas bancárias, que se crê offshore, e encetar esforços para a apreensão de todo esse dinheiro. Assim se poderá indemnizar muitas das vitimas que burlou.
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) December 12, 2021
Aquando da fuga de Rendeiro, Rui Pinto já tinha comentado o caso. O hacker, peça chave no processo Football Leaks, confessou estar perplexo com o sucedido.
Lembrando que, em setembro de 2019, viu ser-lhe indeferida a alteração da medida de coacção por "facilidade de movimentação" e consequentemente “forte perigo de fuga”.
Relembro que em meados de Setembro de 2019, poucos dias depois de deduzida a acusação, foi-me indeferida a alteração da medida de coacção por eu ter "facilidade de movimentação" (!), existindo "forte perigo de fuga". Senti uma certa perplexidade, tal como muitos outros o sentirão
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) September 29, 2021
O hacker considerou existirem "dois pesos e duas medidas", o que é um potenciador natural do “descrédito dos cidadãos na justiça”.
Rui Pinto classificou o episódio como algo “absolutamente danoso para a Democracia”.
Episódios como este, são facilmente interpretados como "dois pesos e duas medidas", levando a um avolumar do descrédito dos cidadãos na justiça, e isso sim, é absolutamente danoso para a nossa Democracia.
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) September 29, 2021
O ex-banqueiro João Rendeiro foi preso na manhã de sábado em Durban, KwaZulu-Natal, por agentes do Bureau Nacional de Crime (NCB) da Interpol, em Pretória, disse em comunicado a Polícia da África do Sul.
Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária, adiantou que João Rendeiro foi detido às 07:00 locais (05:00 em Lisboa) na República da África do Sul, onde chegou no dia 18 de setembro, adiantando que o ex-banqueiro reagiu com surpresa à detenção “porque não estava à espera”.