Liga Europa: Shakhtar Donetsk-Benfica, 2-1 (crónica) - TVI

Liga Europa: Shakhtar Donetsk-Benfica, 2-1 (crónica)

Derrota com prémio inflacionado

O Benfica somou o quarto jogo consecutivo sem ganhar, ao perder na Ucrânia com o Shakhtar Donetsk por 2-1. A boa notícia é que sai pouco mais do que arranhado de um desafio no qual foi manifestamente inferior ao adversário e basta-lhe uma vitória por 1-0 na Luz dentro de uma semana para garantir um lugar nos oitavos de final da Liga Europa.

O Shakhtar-Benfica começou por apresentar duas equipas, mais do que declaradamente à procura do golo, obcecadas pelo equilíbrio tático e a primeira parte esteve amarrada até por volta dos 20 minutos.

FILME, FICHA DE JOGO E VÍDEOS DOS GOLOS

Mais expectantes, os comandados de Bruno Lage, por incapacidade ou estratégia, raramente aceleraram o jogo. Taarabt era o elemento mais agressivo do Benfica, contrastando com um apagado Pizzi, que jogou no apoio a Seferovic.

Em comparação com o jogo anterior, o técnico das águias promoveu três alterações no onze. Além de Seferovic, foram a jogo Chiquinho (jogou no lugar habitualmente ocupado por Pizzi) e Florentino.

Só que a mudança de peças não foi acompanhada pela eliminação das enormes insuficiências defensivas do Benfica, que averbou mais de uma dezena de golos nos últimos seis jogos.

Após alguma contenção inicial, a equipa de Luís Castro foi-se libertando gradualmente. Marlos marcou, mas o golo foi anulado pelo VAR. Entre os 20 e os 30 minutos, os ucranianos tiveram o seu período mais exuberante da primeira parte. Vlachodimos negou o golo a Kovalenko e Tomás Tavares, pouco depois, adiou-o a Júnior Moraes.

Por essa altura, os graves problemas de organização defensiva do Benfica já estavam mais do que identificados e os ucranianos, muito fortes no flanco esquerdo, nas movimentações constantes de Júnior Moraes e no aparecimento de Kovalenko em zonas de perigo, aproveitavam-no a cada transição.

Ao intervalo, o resultado era sui generis para as águias, mas o desequilíbrio de forças, entre uma equipa que queria ganhar e outra que não queria perder, ainda não era tão evidente como se tornaria nos segundos 45 minutos.

Quando Alan Patrick inaugurou o marcador aos 56 minutos, Vlachodimos já tinha feito duas excelente intervenções e visto Ismaily enviar uma bola ao ferro esquerdo: tudo em meia-dúzia de minutos.

O Benfica foi quase sempre uma equipa pouco organizada defensivamente e sem agressividade sobre os portadores da bola. Dezenas de metros percorridos sem oposição, mesmo quando tinham por perto opositores.

Aos 62 minutos, Tomás Tavares introduziu a bola na baliza do Shakhtar, mas o golo foi invalidado após intervenção do VAR, que descortinou uma falta sobre Cervi. Cinco minutos depois, dos onze metros, Pizzi fez o empate.

O empate do Benfica levou Lage a congelar uma substituição decidida minutos antes: lançar Rafa em campo. Em vez disso, o técnico das águias trocou Seferovic por Carlos Vinícius.

Só que a superioridade do Shakhtar e a insuficiente, também ofensiva, da equipa portuguesa não foi alterada com o golo do empate. Aos 72 minutos, Rúben Dias teve a oportunidade de corrigir um primeiro erro, mas acumulou outro ainda pior. Entregou a bola a Júnior Moraes, que solicitou Kovalenko para o 2-1.

Rafa acabou por ser lançado em campo, mas quase dez minutos depois do segundo golo dos ucranianos. A partir daí, o Benfica cresceu e correu riscos que será forçado a assumir dentro de uma semana para superar uma equipa ucraniana recheada de qualidade e bem trabalhada.

À entrada para a compensação, Lage lançou Samaris para o lugar de Pizzi. Uma substituição de contenção e, talvez, o reconhecimento de que regressar a Portugal claramente com a eliminatória em aberto era um prémio inflacionado.

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