Presidente do COP elogia Pichardo e lembra Alfredo Quintana - TVI

Presidente do COP elogia Pichardo e lembra Alfredo Quintana

Pedro Pichardo recebeu medalha de ouro olímpica após vencer o triplo salto (José Coelho/LUSA)

«Portugal só tem de estar grato por um atleta de tão elevado talento ter escolhido Portugal para viver», disse José Manuel Constantino, que considerou que as polémicas em torno do tema foram empoladas pela rivalidade entre Benfica e Sporting

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O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) comentou em conferência de imprensa a rápida naturalização de Pedro Pablo Pichardo, que em 2017 desertou de uma concentração da seleção cubana e no mesmo ano obteve a cidadania portuguesa.

«Nas missões olímpicas, incluindo medalhados, já houve atletas que não nasceram em Portugal, que se naturalizaram e já tinham representado o seu país nos Jogos, coisa que não tinha acontecido com Pichardo», disse José Manuel Constantino a propósito do medalha de ouro olímpico no triplo salto.

«Não é novo na sociedade portuguesa. Recordo-me da polémica que houve relativamente à naturalização de Alfredo Quintana. Do que se escreveu e disse. Hoje todos reconhecemos que Alfredo Quintana, que teve um desaire na vida que o fez perder a vida prematuramente [no início do ano], era um elemento essencial, que todos reconhecem, inclusive os que criticaram, da seleção nacional de andebol», comparou.

Constantino referiu que Pichardo participou nos Jogos em representação do seu país - Portugal - e que o fez com orgulho. «É uma situação que facilmente se supera, porque o que é importante é que é um cidadão que escolhe Portugal, traz a sua família, quer ser português, representar Portugal, e foi o talento, qualidade, esforço e entrega que fez com que todos, mesmo todos, nos emocionássemos quando a bandeira subiu e cantámos o hino nacional. Devemos-lhe esse momento. E ele também o sentiu. (...) Portugal só tem de estar grato por um atleta de tão elevado talento ter escolhido Portugal para viver», vincou.

 

O líder do COP lembrou que dos 92 atletas da missão portuguesa, alguns não nasceram em Portugal, mas que em 88 por cento dos casos tiveram formação desportiva no país.

Para José Manuel Constantino, a polémica só existiu devido ao contexto vivido em 2016, ano em que Nelson Évora se transferiu do Benfica para o Sporting e meses depois Pedro Pablo Pichardo foi anunciado como atleta do Benfica.

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