A receita de Jesus para o Mundial de Clubes: «Prazer, alegria e espetáculo» - TVI

A receita de Jesus para o Mundial de Clubes: «Prazer, alegria e espetáculo»

Jorge Jesus

Treinador do Flamengo garante que a equipa não vai mudar forma de jogar, nem frente ao Al Hilal, nem frente ao Liverpool

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Jorge Jesus diz que «pressão» no futebol é «sinónimo de sucesso» na antevisão do jogo da meia-final do Mundial de Clubes com o Al Hilal. O treinador do Flamengo garante que a equipa carioca não vai alterar a sua forma de jogar, mesmo na eventual final frente ao Liverpool, e diz que quer ver, acima de tudo, «prazer» e «alegria» sobre o relvado.

«O Flamengo já teve uma época de pressão. Quem joga no Flamengo, joga sempre sobre pressão, é um clube que exige o máximo. É um ano de pressão, mas muito mais de satisfação, mais de prazer do que de pressão. É o que vamos tentar fazer amanhã, ter um prazer muito grande de jogar, ter a alegria de jogar, fazer um grande espetáculo e, obviamente, tentar ganhar. Para o Rafinha [ao lado do treinador na conferência de imprensa] a pressão vai ser zero. Isto é sinónimo do que é o sucesso. O sucesso leva a que tenhas jogos de pressão. Quem é que não quer ter sucesso? Quero ter toda a minha vida jogos com pressão», comentou.

Um troféu que tem sido mais valorizado pelos clubes sul-americanos e, de certa forma, desvalorizado pelos clubes europeus. Mas Jorge Jesus acredita que essa perceção está a mudar. «Este campeonato do Mundo de Clubes cada vez vai ter mais importância no historial dos clubes que a ganharam. Cada vez é mais difícil ganhar. Antigamente joga-se só uma final, agora já se joga com equipas de vários continentes. No próximo ano já vai ser disputado por 24 clubes, portanto, vai ser cada vez mais difícil ganhar», comentou.

De facto, esta competição chega a meio da época na Europa, mas já no final da época do Brasil. «Agora na Europa já olham para este título como um título importante. O Flamengo esta época fez 74 jogos, o Liverpool só fez 27, só para verem como está o nível de competição de uma para a outra equipa», acrescentou. Vantagem ou desvantagem? «É subjetivo. Claro que quando se está a meio de uma temporada, não estás no limite. A equipa do Liverpool joga junta há uns anos, mas não quero falar do Liverpool, quero falar do Al Hilal», referiu, interrompendo o próprio raciocínio.

Já o Al Hilal está mesmo no início da temporada. «O Al Hilal fez para aí quinze jogos. É uma equipa pouco conhecida, mas eu conheço-a bem. É uma equipa com nível alto. Mesmo os jogadores sauditas são todos titulares da seleção. Tem uma equipa para se bater com o Flamengo. Acreditamos que podemos estar na final, mas respeitamos muito Al Hilal. Só depois deste jogo é que vamos pensar no Liverpool», insistiu.

Nas conquistas do Brasileirão e da Libertadores, o Flamengo destacou-se pela dinâmica que conseguiu imprimir no ataque. «Não vamos mudar pelo facto de estarmos numa meia-final. Não é a minha forma de pensar. Isso era dar um passo atrás. Queremos cada vez mais valorizar esse jogo. Queremos que o nosso jogo possa entrar. Às vezes não entra por mérito do adversário, mas depois vem a outra parte do jogo que é a estratégia. A ideia de jogo não muda, a forma como atacamos vai ser igual, a forma como defendemos vai ser igual», destacou.

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