Joseph Blatter, presidente da FIFA entre 1998 e 2015, negou a existência de qualquer suborno para a realização dos Mundiais na Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022 mas reconhece que houve uma «intervenção política» na escolha do país asiático para a prova que se realiza daqui a dois anos e meio.
Em declarações à France Presse, o antigo dirigente, atualmente suspenso pela FIFA, deu a sua versão dos factos.
«Havia um acordo de cavalheiros no comité executivo da FIFA para os Mundiais serem atribuídos à Rússia e aos Estados Unidos, mas depois houve uma intervenção política para a atribuição de 2022 ao Catar, apenas isso», disse o suíço.
«Digo e repito: houve uma intervenção política para atribuir o Mundial 2022 ao Qatar, houve uma intervenção política de alto nível», referiu.
Recorde-se que esta terça-feira, o procurador-geral de Brooklyn tornou público um documento que denuncia ilegalidades e subornos para a realização dos Mundiais na Rússia e Qatar.
A Rússia, entretanto, já negou qualquer ilegalidade.