«Jogo Duplo II»: PJ faz mais seis detenções por corrupção desportiva - TVI

«Jogo Duplo II»: PJ faz mais seis detenções por corrupção desportiva

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Foram ainda constituídos mais oito arguidos

[artigo atualizado]

A Polícia Judiciária fez seis detenções nesta quarta-feira, numa segunda fase da operação «Jogo Duplo», por alegada corrupção desportiva.

De acordo com a agência Lusa, que cita fonte policial, cinco dos detidos são futebolistas. Três representavam o Oriental, um pertencia ao Penafiel e outro ao Académico de Viseu. Para além dos cinco jogadores foi ainda detido um membro da claque «Super Dragões».

Em comunicado, a PJ informa ainda que a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) fez seis detenções e constituiu ainda mais oito arguidos, na sequência de 16 buscas domiciliárias, em Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde.

Durante a investigação em curso a Polícia Judiciária contou com a colaboração da EUROPOL e de entidades estrangeiras de monitorização de jogos e a importante cooperação com a Federação Portuguesa de Futebol.

Os detidos serão presentes ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, e respondem por presumíveis crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, no âmbito da «lei da corrupção desportiva».

Em comunicado divulgado no site oficial, a Federação Portuguesa de Futebol informa que «acompanha de forma regular e conhecedora o trabalho da UNCC», e «reafirma que Portugal não pode ser terreno fértil para comportamentos e ações criminosas associadas ao futebol», pelo que «continuará a trabalhar, no limite das suas competências, para um futebol mais limpo e digno de um país Campeão Europeu».

Entretanto, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional também já reagiu. Em declarações à agência Lusa, Pedro Proença apelou à tranquilidade em todo o processo e garantiu mão de ferro para os prevaricadores. «O nosso posicionamento tem sido de tolerância zero, queremos que haja resultados quanto antes para que, de uma vez por todas, possamos ter um futebol mais puro e mais são.»

«A Liga tem monitorizado todas estas ações, num trabalho que tem sido feito em conjunto com as entidades judiciais e policiais e com a Federação Portuguesa de Futebol», acrescentou Proença.

Recorde-se que na primeira fase da operação, tornada pública em maio de 2016, foram realizadas 15 detenções, incluindo alguns jogadores, por alegada manipulação de resultados em jogos da II Liga. Três destes detidos ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.

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