Bloco de Esquerda (BE) propôs esta segunda-feira uma «nova política de direitos e deveres para os jovens», de modo a combater o afastamento da política, como o voto aos 16 anos e o combate à precariedade no trabalho, escreve a Lusa.
As propostas foram avançadas pelo BE no mesmo dia em que o Presidente da República, Cavaco Silva, teve uma reunião com cerca de 30 representantes de associações juvenis, no Palácio de Belém, em Lisboa, de que o Bloco foi excluído por não ter uma estrutura autónoma de jovens.
Alheamento leva jovens a Belém
Em conferência de imprensa, o deputado do BE José Moura Soeiro considerou que «o problema da participação não é dos jovens», mas sim «de toda a população». O aumento da «participação política da juventude deve ser uma característica fundamental da democracia» e os bloquistas sugeriram «três ideias fortes».
O deputado bloquista quer que se «abra o campo da política e da representação democrática aos mais jovens», propondo o voto aos 16 anos e uma redução do número mínimo de assinaturas para projectos de lei de cidadãos no Parlamento.
Para «criar uma cultura de participação democrática nas escolas», os bloquistas querem reforçar o «carácter electivo» em todos os órgãos de direcção das escolas e a criação de uma área curricular de educação sexual no último ano de cada ciclo. No combate à «precariedade no trabalho», o BE quer responder ao «principal problema dos jovens que pertencem à geração 500 euros», nomeadamente através de um reforço de fiscalização às empresas de trabalho temporário e acabar com os falsos recibos verdes.
Na conferência de imprensa, o deputado do Bloco deu como exemplo de «uma política exclui que quer excluir» a ratificação, pelo Presidente Cavaco Silva, do Tratado de Lisboa, «excluindo a votação popular que tinha sido solenemente prometida» - o referendo.
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Jovens devem votar a partir dos 16 anos?
- Redação
- JF
- 12 mai 2008, 17:48
Bloco de Esquerda propõe «nova política de direitos» para jovens
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