Liga Campeões: Ronaldo volta ao onze, mas Dybala rouba-lhe o palco - TVI

Liga Campeões: Ronaldo volta ao onze, mas Dybala rouba-lhe o palco

Juventus vence Atlético Madrid com golaço do argentino na cobrança de um livre

Num jogo que ficou aquém do prometido no cartaz, um momento de inspiração de Paulo Dybala permitiu à Juventus bater em casa o Atlético Madrid e fechar as contas do Grupo D no que à luta pelo primeiro lugar diz respeito.

Com Ronaldo de regresso às opções iniciais de Maurizio Sarri, a Juventus foi quase sempre uma equipa pouco criativa e incapaz de abalar os alicerces de um conjunto ultracompetente no plano defensivo, mas que por força das circunstâncias teve de assumir outro papel na segunda parte.

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Os italianos tinham mais bola, mas circulavam-na sobretudo longe da carreira de perigo e sem a velocidade e agressividade necessárias para provocar o caos.

O fantasista Dybala era o único que mostrava ser capaz de desafiar a organização da equipa de Simeone, acumulando pormenores individuais deliciosos.

Foi dele o momento da noite: já em tempo de descontos na primeira parte, assumiu um livre lateral e, de ângulo quase inexistente, surpreendeu Oblak com um remate fortíssimo.

Balança desequilibrada após uma primeira parte amarrada, sem grandes oportunidades, mas com os visitantes mais lúcidos e com maior capacidade para fazer a diferença no último terço.

Na segunda parte, os colchoneros abdicaram do conservadorismo habitual. Subiram linhas e reclamaram a bola.

Mesmo sem um ADN assumidamente ofensivo – nem com Sarri ele muda drasticamente! – a Juventus sentiu dificuldades em adaptar-se rapidamente à inversão de papéis.

Até aos 64 minutos, Simeone esgotou as substituições: João Félix foi a primeira aposta (54m, no apoio a Morata no centro do ataque) e a ele seguiram-se Correa e Lemar. Ñiguez, Félix e Morata tentaram, mas nenhum esteve esteve tão perto do golo como Bernardeschi na primeira ação em campo: rematou ao poste logo após ser lançado para o lugar do apagado Ramsey.

A verdade é que a pressão da equipa espanhola nunca chegou a ser asfixiante e talvez por isso a Vecchia Signora teve tempo para se adaptar a um novo fato. Ainda que quase inexistente no meio-campo ofensivo, parecia cada vez mais cómoda com o avançar do cronómetro, com exceção dos minutos finais, nos quais a capacidade de resistência dos italianos esteve mais à prova.

Ao cair do pano, Morata teve o empate nos pés, após uma jogada de desequilíbrio forjada entre Félix e Correa, mas falhou o toque final com a baliza escancarada.

A Juventus, que já estava apurada para os quartos de final, consegue fazê-lo no primeiro lugar. O Atlético leva a decisão para a última jornada, na qual vai receber o Lokomotiv Moscovo de Eder e João Mário.

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