Cerâmica de Valadares: trabalhadores mantêm bloqueio - TVI

Cerâmica de Valadares: trabalhadores mantêm bloqueio

Valadares

Empresa ainda deve salários aos funcionários que estão em lay-off e aos que estão a trabalhar

Os trabalhadores da Cerâmica de Valadares decidiram esta sexta-feira manter o bloqueio dos portões da fábrica e pediram soluções à administração, no dia em que esta se comprometeu a pagar os montantes em falta relativos ao lay-off.

Em plenário, que se seguiu a uma reunião na Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) com a administração, os trabalhadores decidiram continuar o bloqueio até que a empresa reponha tudo o que deve, afirmou da parte da Comissão de Trabalhadores (CT) Raul Almeida à Lusa.

Segundo o representante da CT, a empresa comprometeu-se «a pagar o dinheiro do lay-off», ou seja, 70% do salário de agosto, isto «porque foram apertados na Segurança Social», acusou Raul Almeida.

Desde a semana passada que estes trabalhadores (com salários e subsídios de férias em atraso) mantêm trancas à porta da Cerâmica durante o horário laboral (das 08:00 às 17:00), impedindo a entrada e a saída de viaturas e pessoas.

De acordo com Raul Almeida, o Sindicato dos Cerâmicos do Norte, que tem acompanhado o processo, mostrou-se contra a abertura dos portões da fábrica, enquanto os trabalhadores votaram esta tarde por essa mesma decisão.

«Não se abre portões nenhuns. Ou pagam ou então fecha-se os portões. Pediu-se à administração para acabar com investidores fantasmas. Pedimos ainda hoje para virem aqui dar a cara aos trabalhadores e eles não vieram», disse o representante, criticando a administração por ter «fugido» pela porta de trás da ACT de manhã.

De acordo com o membro da CT, os trabalhadores em lay-off têm em falta sete dias de maio, 30% de julho e subsídio de férias, enquanto os 110 que estão a laborar têm, ainda, o julho inteiro em falta.

Para a próxima quinta-feira está marcada novo encontro com a administração, acrescentou Raul Almeida.

Na quinta-feira, a Cerâmica de Valadares começou a pagar aos 200 trabalhadores em lay-off as quantias entregues pela Segurança Social relativas a julho, ficando a faltar os 30% que devem ser assegurados pela própria empresa.
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