Chapéus, calcanhares, 26 golos: vitória de Portugal no jogo das lendas - TVI

Chapéus, calcanhares, 26 golos: vitória de Portugal no jogo das lendas

Legends Match, Porto, 8.6.2019 (Ricardo Jorge Castro)

Um Amor de Perdição com as estrelas de outrora

Relacionados

O Largo Amor de Perdição, na cidade do Porto, foi pleno romantismo desportivo na tarde deste sábado.

Para quem assistiu ao reencontro entre várias figuras do futebol nacional, europeu e mundial das duas últimas décadas. E também para quem, em pleno tapete verde do mini-estádio ali colocado, com os Clérigos como pano de fundo, fez da véspera da final da Liga das Nações um relembrar do talento espelhado na história recente do futebol.

De um lado, os portugueses. Do outro, o resto da Europa. Baía, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Luís Figo, Maniche, Pauleta, Simão, Tiago, Deco e Hélder Postiga levaram a melhor sobre Artur Moraes, Senderos, Makélélé, Van Der Vaart, Larsson, Van Hooijdonk, Karagounis e Malouda. Em comum, golos, ambiente fraterno. Habilidades a valerem palmas e gritos dos adeptos.

O primeiro jogo das lendas da Federação Portuguesa de Futebol terminou com 26 golos em 50 minutos e triunfo nacional por 16-10. Mas foi bem mais: reencontros, sorrisos, abraços, parcerias de êxito no passado.

Artur Moraes, Karagounis e Van Hooijdonk revisitaram um país onde fizeram carreira. O primeiro entre Benfica, Sp. Braga e Desp. Aves, o grego e o holandês só nas águias. A jogar em casa, a equipa das lendas de Portugal combinou a classe de Deco, a eficácia de Pauleta, a muralha Vítor Baía na baliza ou a perícia de Luís Figo.

Contra a probabilidade natural, um dos mais saudados a abrir foi o suíço Phillipe Senderos. Na mira, dezenas de helvéticos a apoiar, na véspera de a equipa jogar pelo terceiro lugar da Liga das Nações, ante Inglaterra. Depois, foto de grupo, apito inicial e Maniche a abrir o marcador de um jogo que teve, em média, pouco mais de um golo a cada dois minutos.

E só não houve mais porque, sobretudo, Vítor Baía mostrou ainda estar em forma entre os postes. «Implacável», atirou, a certa altura, o speaker no mini-estádio. E palmas em uníssono a seguir.

O intervalo chegou com o 6-4 no marcador fixado por Pauleta e a diferença não foi maior porque a equipa da UEFA, com Van Der Vaart a mostrar que uns quilinhos a mais não matam a qualidade, foi do 5-1 ao 5-4 em pouco mais de um minuto, em cima do descanso.

Centenas de fãs assistiram ao jogo das lendas de Portugal e da UEFA

Dez golos no primeiro período, mais 16 após a troca de lado. Entre as 18 estrelas, só os guarda-redes, Ricardo Carvalho e Van Hooijdonk ficaram em branco.

De combinações ao primeiro toque, dribles, calcanhares e chapéus, o momento alto foi, porventura, ao minuto 35. O «mágico» Deco viu um dos vértices superiores da baliza a jeito e inventou um golaço em chapéu que Artur Moraes não deteve: impressão geral de espanto, ovação uniforme dos fãs.

Daí até ao fim foi sempre a faturar e Postiga fechou o marcador no último lance. Pauleta mostrou os dotes de outrora ao fazer um poker e Figo não ficou atrás com um hat-trick, iniciado com um golo também vistoso, de cabeça, após passe delicioso por alto de Deco. A idade avança, a qualidade fica. Quem sabe… nunca esquece.

_

Jogo no mini-estádio instalado no Largo Amor de Perdição, Porto.

Árbitros: José Rodrigues, Hugo Pacheco.

PORTUGAL LEGENDS: Vítor Baía, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Luís Figo, Maniche, Pauleta. Jogaram ainda: Simão, Tiago, Deco, Hélder Postiga.

UEFA LEGENDS: Artur Moraes, Phillipe Senderos, Claude Makélélé, Van Der Vaart, Henrik Larsson, Pierre Van Hooijdonk. Jogaram ainda: Gerorgios Karagounis, Florent Malouda.

Golos: Maniche, 3’, 42’, Pauleta, 14’, 14’, 25’, 47’, Larsson, 16’, 48’, Figo, 17’, 41’, 46’, Postiga, 20’, 50’, Van Der Vaart, 22’, 24’, Senderos, 25’, Karagounis, 30’, 45’, Bosingwa, 31’, Deco, 34’, 35’, Simão, 37’, Tiago, 41’, Malouda, 43’, 45’, Makelele, 46’,

Continue a ler esta notícia

Relacionados