«O Abel não tem títulos, mas vai ter muitos quando tiver 57 anos» - TVI

«O Abel não tem títulos, mas vai ter muitos quando tiver 57 anos»

Cuca, treinador do Santos

Cuca, treinador do Santos, na antevisão da final da Libertadores frente ao Palmeiras

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Cuca, treinador do Santos, dirigiu elogios aos portugueses Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, e Jesualdo Ferreira, seu antecessor no Santos, na antevisão da final da Taça Libertadores que vai colocar este sábado frente a frente os dois emblemas paulistas no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

O treinador começou por elogiar o trabalho de Abel Ferreira no Palmeiras, mas garantindo que o Santos está determinado em conquistar o título, referindo que na sua equipa «a palavra medo não existe».

«Amanhã [sábado] começa 0-0. É um jogo em que temos de ter o mínimo de erros para sairmos campeões. O Abel não tem títulos, mas vai ter muitos quando tiver 57 anos [a idade de Cuca], porque é um ótimo treinador e segue no caminho de ter conquistas. Tomara que venha depois de domingo, lá para a frente», atirou Cuca, em conferência de imprensa.

O antigo jogador, que venceu a Libertadores como técnico com o Atlético Mineiro em 2013, admite que o adversário «vai estar no seu máximo» no Maracanã e, além disso, há outras dificuldades, como «o calor que vai fazer» e «algumas dúvidas na equipa» que vai entrar em campo.

Cuca, de resto, elogiou também Jesualdo Ferreira, técnico luso que deu início à campanha santista na prova, com duas vitórias, e que conseguiu vencer «na Argentina o Defensa y Justicia», um dos encontros que o novo treinador considera ter feito a diferença para formar «um lastro forte e uma confiança grande» na equipa.

«Eu já tinha duas vitórias na competição via Jesualdo. (...) O campeonato brasileiro vai premiar o melhor plantel, não a melhor equipa. Jogos ao domingo e quarta-feira, o peso da covid-19, viagens... sem 25 jogadores do mesmo nível, não se ganha. (...) A nossa aposta não seria no Brasileirão, mas numa competição curta como a Libertadores», explicou.

Para o jogo em si, a «forma do treinador jogar é a mesma», dos dois lados, analisa, numa final que é o corolário de uma campanha marcada por problemas financeiros no clube. «Graças ao esforço que toda a direção fez e a nós, que soubemos ter paciência. O nosso caminho não foi fácil e fomos criando um vínculo familiar. Amanhã, isso não é sinónimo de vitória. (...) Temos de estudar para fazer as coisas certas», resumiu.

Como o jogo é disputado numa mão, ao contrário das restantes eliminatórias anteriores, a «estratégia de jogo» ganha força na partida, algo com que Alison, médio do Santos, concorda.

«São 11 contra 11, vai ser um jogo muito equilibrado e esperamos ter um dia perfeito. (...) A realidade é que a pressão existe sempre, pelo facto de estarmos a jogar numa equipa gigante. Fizemos excelentes jogos, numa caminhada difícil até aqui, com adversários habituados a jogar a Libertadores. Foi uma caminhada difícil e longa, mas esperamos concluir esta trajetória», atirou.

Abel Ferreira, desde outubro de 2020 no Palmeiras, procura vencer no sábado o primeiro título como sénior enquanto treinador, alcançar para o Palmeiras a segunda Taça Libertadores e suceder ao compatriota Jorge Jesus, que venceu em 2019 ao serviço do Flamengo, numa final marcada para as 17h00 locais (20h00 em Lisboa).

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