G20: europeus querem concretizar nova arquitectura financeira - TVI

G20: europeus querem concretizar nova arquitectura financeira

Cimeira

Líderes querem combater os chamados «paraísos fiscais»

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Os membros europeus do G20 decidiram este domingo, em Berlim, propor a criação de uma nova arquitectura financeira internacional, face à crise económica e financeira e às suas origens, na Cimeira do Grupo marcada para 2 de Abril, em Londres.

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«Estamos convencidos de que, em conjunto, poderemos resolver a crise, e que a União Europeia dará o seu contributo», disse em conferência de imprensa no final dos trabalhos a anfitriã da Cimeira, a chanceler alemã Ângela Merkel, citada pela Lusa.

A chefe do governo alemão anunciou que os países europeus do G20 advogarão em Londres um controlo efectivo de todos os produtos e mercados financeiros, e também dos chamados fundos Helge, altamente especulativos, e das actividades das agências de notificação financeira.

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Os detalhes do tipo de controlo a exercer, no entanto, «terão ainda de ser discutidos», acrescentou Merkel.

A chanceler anunciou ainda que os países europeus do G20 querem combater os chamados «paraísos fiscais» e as zonas económicas pouco transparentes, através da criação de sanções.

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Até 2 de Abril deverão ser elaboradas listas «para tornar claro quem se nega a aceitar a cooperação internacional», advertiu a chanceler alemã.

Planos ajudam a manter postos de trabalho

O primeiro-ministro britânico Gordon Brown, depois de agradecer a iniciativa da sua homóloga germânica de promover a Cimeira em Berlim, sublinhou que «deve ser dada toda a prioridade às preocupações das pessoas que têm hipotecas de casas para pagar, às pessoas que têm medo de perder os empregos e às pessoas que precisam de arranjar capital e não sabem como».

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Brown manifestou depois a esperança de que os planos de apoio à conjuntura nos diversos países «sirvam para ajudar a manter postos de trabalho, recuperar a confiança das pessoas no sistema bancário e imepdir especulações».

O chefe do governo britânico lembrou que os programas implementados «não têm precedentes», mas advertiu que «é preciso fazer mais», advogando «uma espécie de new green deal, uma cooperação estreita entre as economias do mundo».

Regulação sem a sanções «não é possível»

Já o presidente francês Nicolas sarkozy, por seu turno, afirmou que a Cimeira do G20 em Londres «é a última hipótese», e os dirigentes mundiais «não podem permitir que seja um fracasso».

Sarkozy referiu ainda que a regulação do sistema financeiro mundial sem recurso a sanções «não é possível», e lembrou que, para alguns, a condenação dos «paraísos fiscais» nem sempre foi um dado adquirido.

O presiente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse que os europeus do G20 «estão decididos a que a Cimeira de Londres para discutir uma nova arquitectura financeira mundial seja um êxito», lembrando que se trata de um processo indicado pela União Europeia, no ano passado.

Recorde-se que a próxima Cimeira do G20 realiza-se a 2 de Abril, em Londres, sob presidência britânica, e além dos países referidos participará também a República Checa, que tem a presidência de turno da União Europeia até ao fim do semestre.
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