Champions: FC Porto-Atlético de Madrid, 1-3 (crónica) - TVI

Champions: FC Porto-Atlético de Madrid, 1-3 (crónica)

O Dragão não pôde com o «Cholismo»

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Cruel! Demasiado cruel!

O futebol, tal como a vida, é assim. O FC Porto está fora da Liga dos Campeões depois de perder contra o Atlético de Madrid, no Dragão, por 3-1. É a primeira vez que os dragões caem da prova na fase de grupos desde a chegada de Sérgio Conceição.

Imperou o «Cholismo» no anfiteatro portista. Ganharam os colchoneros por 3-1 com Griezmann, Correa e De Paul a subirem como heróis ao topo da fonte Neptuno. Ficou o golo de Sérgio Oliveira como única consolação. 

Inicialmente, Simeone preocupou-se mais com o que podia fazer para travar o FC Porto do que em ganhar o encontro. A primeira parte foi sintomática com os colchoneros quase a abdicarem da bola para defender de forma compacta. Essa é, aliás, uns dos padrões do campeão espanhol.

A postura defensiva ou resultadista como preferir, acabou por travar o ímpeto do FC Porto. Foi, curiosamente, o Atleti a criar a primeira grande situação de golo «inventada» por Carrasco – Matheus Cunha falhou o desvio e Diogo Costa travou o remate de Llorente.

Vitinha era o dono da bola no FC Porto, mas os espaços escasseavam. Os dragões apenas conseguiam furar a muralha defensiva espanhola em momentos de recuperação em zonas altas (tantas vezes visto esta época). Foi assim, por exemplo, que os azuis e brancos assustaram Oblak – defesa incrível a disparo de Díaz.

O jogo estava fechado e os espaços estavam caríssimos. Ainda assim, o FC Porto encontrou-os a abrir o segundo tempo, mas Taremi falhou duas vezes a oportunidade de fazer o 1-0 - falhou de forma incrível na primeira tentativa e à segunda defendeu Oblak.

Os dragões não aproveitaram os erros do adversário e foram castigados. Numa das primeiras aproximações colchoneras à baliza contrária na etapa complementar, Taremi desviou o pontapé de canto da direita, o Diogo Costa ficou fora do lance e Griezmann encostou para o golo.

O FC Porto abriu-se na tentativa de chegar ao empate que lhe daria a presença na fase seguinte - por ora, já o Liverpool ganhava em Milão - e ficou exposto ao contra-ataque do oponente. Matheus Cunha viu Pepe negar-lhe o 2-0 com um corte decisivo em cima da linha.

O Atleti sentia-se como o peixe na água. A partir desse lance, deixou de se jogar no Dragão. Carrasco estragou a boa exibição que estava a fazer ao ser expulso por agressão a Otávio. No entanto, nem houve tempo para o FC Porto aproveitar a vantagem numérica, visto que Wendell, acabadinho de entrar, foi expulso também por agressão três minutos depois.

Empurrões, insultos, enfim, cenas lamentáveis e que só beneficiavam o Atlético de Madrid. Até Marchesín, sentado no banco de suplentes, foi expulso! Pasme-se. 

Quando voltou a jogar-se futebol, imperou novamente o Cholismo. Essa forma de tentar ganhar que não respeita a estética e o bom futebol, que promove a agressividade e ao mesmo tempo castra, de certa forma, o talento. Mas que pode ser, muitas vezes, tremendamente eficaz. 

O Atleti marcou por mais duas vezes. Griezmann desenhou o ataque rápido e Correa bateu Diogo Costa em cima do minuto 90. No minuto seguinte, Mbemba falhou e De Paul fez o terceiro dos espanhóis. O FC Porto ainda conseguiu marcar o tento de honra por Sérgio Oliveira, de penálti, mas o jogo já estava perdido.

Cruel. O sentimento é comum a várias equipas que não podem com o «Cholismo», essa forma de jogar e de estar no futebol. 

Segue-se agora o playoff para os oitavos de final da Liga Europa. 

(Imagens vídeo Eleven Sports)

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