As explicações do treinador do Benfica, Bruno Lage, para as novidades lançadas no onze para a receção ao Leipzig, em jogo da Liga dos Campeões que a equipa alemã venceu por 2-1:
[sobre as três novidades no onze: Tomás Tavares, Cervi e Jota] «As novidades estiveram relacionadas com a nossa estratégia e a análise dos adversários. Estávamos preparados para os dois sistemas do adversário. Dada a lesão do lateral direito esperávamos uma linha de quatro, mas estávamos preparados para as duas soluções. Queríamos fazer uma pressão maior à esquerda, com Cervi, Adel e Grimaldo. E um pouco diferente à direita, para deixar jogar mais, até para não desposicionar o Tomás e o Fejsa. Esperávamos outro tipo de perigo do outro lado. Até pelas diagonais do avançado.
«Na segunda parte houve uma mudança, o adversário começou a construir mais baixo, e respondemos com a entrada do David Tavares. Sem tantos médios entre linhas, tentámos que Adel e David pressionassem mais à frente, com Fejsa por trás, a controlar entre linhas. Vamos olhar para aquilo que fizemos de bom e menos bom, para melhorar.»
[sobre a ausência de André Almeida] «São tudo decisões que termos de tomar. Mal ou bem, um jogo um desportista desta natureza consegue fazer. O André está a fazer a sua pré-época. O tempo de recuperação é que é mais difícil. Ele foi para o banco com o FC Porto, no cenário de jogar 10 ou 15 minutos. Depois faz o jogo com o Braga, com seis dias para recuperar, e agora não recuperou a tempo, depois do jogo com o Gil Vicente. O Tomás já tem algumas semanas de trabalho, jogou na II Liga e fez uma exibição à altura.»
«Sobre a aposta em Raul de Tomas, com Jota como segundo avançado] «Não queríamos dar ninguém à marcação dos centrais. Colocar o Cervi na largura máxima para empurrar a linha defensiva do Leipzig, e depois os médios, como os médios iam saltar na pressão dos nossos médios, e teríamos muito espaço para explorar, para atacar o adversário de frente.
[ponderou utilizar Taarabt mais adiantado, no lugar que foi de Jota?] «Pensei, claramente. Depois olhei para as outras seleções, e colocar Fejsa e Samaris é como colocar dois galos no mesmo poleiro. Jogam muito na mesma linha, a circulação não ia ser eficiente.»
[o meio-campo está mais fraco, sem Florentino e Gabriel?] «Está diferente. Cada um dos jogadores tem características muito próprias. O Tino é o jogador mais parecido com Fejsa. Não temos ninguém tao parecido com o Gabriel. Talvez o David Tavares. O Gabriel dá construção curta e longa, transição defensiva, calma e critério no nosso jogo. O Adel também dá isso.»
[houve algum problema físico com o Pizzi?] «Foi por isso que a determinado momento optámos por substituí-lo. Sofreu uma ligeira entorse no último jogo, mas mostrou-se disponível para jogar. Teve oportunidade até para fazer um golo, mas a dada altura entendemos por bem substituí-lo.»