LC: Juventus desafia Barcelona a nova «remontada» em Camp Nou (3-0) - TVI

LC: Juventus desafia Barcelona a nova «remontada» em Camp Nou (3-0)

Italianos com exibição de luxo ganham vantagem com «bis» de Dybala na primeira parte e mais golo de Chiellini na segunda

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Exibição de luxo da Juventus na vitória clara sobre o Barcelona (3-0), em Turim, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Depois da histórica «remontada» diante do Paris Saint-Germain, ninguém pode dizer que esta eliminatória está fechada, mas a verdade é que esta defesa italiana é bem mais consistente do que a parisiense. Basta olhar para os números: a Juventus consentiu apenas dois golos nos nove jogos que realizou na atual edição da Champions e o Barça precisa de marcar o dobro para poder chegar às meias-finais.

Confira a FICHA DO JOGO

Saiu o Barça a jogar, com um passe atrasado, e de imediato a Juventus mostrou ao que vinha, subindo de imediato as suas linhas, com Cuadrado e Mandzukic nas alas, Pjanic, Dybala e Higuaín no meio, a colocar os catalães sobre enorme pressão na sua zona de construção. Ter Stegen atrapalhou-se, nesse primeiro lance, e permitiu o primeiro remate de Khedira, muito por cima da trave, mas estava dado o sinal. Os minutos seguintes confirmaram a pressão alta da «vecchia signora» e as tremendas dificuldades para a equipa de Luís Enrique sair a jogar.

Mal recuperavam a bola, os italianos abriam o jogo para as alas, com destaque para as iniciativas de Cuadrado sobre a direita a colocar muitas dificuldades a Mathieu, uma das surpresas do onze do Barça, com Jordi Alba no banco. Foi, aliás, por aí, que surgiu o primeiro golo, logo aos 7 minutos, com Higuaín a abrir na direita para a «vespa» colombiana que, com espaço, assistiu Dybala junto ao primeiro poste. Numa rápida rotação, o argentino atirou para o poste mais distante, sem hipóteses para Ter Stegen.

Em vantagem cedo, a Juventus manteve a pressão que não permitia aos catalães sair a jogar, mas agora mais recuada. A posse de bola do Barça subia de forma exponencial, até perto dos setenta por cento, mas a verdade é que os catalães jogavam muito longe da baliza de Buffon. Apenas uma exceção, quando Messi, com uma abertura fenomenal, abriu uma verdadeira autoestrada para Iniesta invadir a área e rematar colocado e cruzado. Parecia que ia dar golo, mas Buffon, com uma estirada, ainda conseguiu desviar a bola que passou a rasar o segundo poste. Na resposta, a Juventus chegou ao 2-0.

Rápido contra-ataque, com Mandzukic a descer pelo flanco esquerdo e a cruzar para Dybala marcar o segundo, com um remate bem junto ao poste, sem hipóteses para o guarda-redes alemão. Começava aqui a desenhar-se um jogo muito parecido com o de Paris, pelo menos, com o mesmo resultado ao intervalo. O Barça reagiu, procurando aumentar a intensidade do jogo, Messi chegou a colocar a bola nas redes de Buffon, mas já tinha sido assinalada a posição irregular de Suárez que tinha assistido o argentino. A última oportunidade da primeira parte foi mesmo do campeão italiano, na sequência de um pontapé de canto, com Higuaín a obrigar Ter Stegen a defesa a dois tempos.

Luis Enrique não esperou mais e, para a segunda parte, lançou André Gomes em detrimento de Mathieu, desviando Umtiti para o lado esquerdo da defesa e fazendo recuar Mascherano para o eixo defensivo. Uma mexida que correspondeu a uma entrada mais forte do Barcelona, pelo menos apresentava-se mais rematador, com Messi e Neymar a experimentar a meia distância, mas foi a Juventus que voltou a marcar, desta vez num lance de bola parada. Canto de Pjanic sobre a esquerda, e cabeçada imparável de Chiellini junto ao segundo poste. O italiano tinha Mascherano agarrado à cintura, mas ainda assim conseguiu cabecear à vontade para as redes de Ter Stegen.

Um golo que pode não ter acabado com a eliminatória, mas que bateu fundo na equipa catalã que perdeu força, apesar de manter uma levada posse de bola. Luis Suárez ainda ameaçou reduzir, com uma cabeçada em mergulho que levou a bola a raspar no poste, mas nesta altura Allegri já estava a reforçar o muro italiano, primeiro com Rincón, depois com Barzagli. A partir daqui, o objetivo do Barça tornou-se ainda mais complicado, diante de uma equipa que não perde em casa há 21 jogos nas competições europeias.

 

Uma semana muito difícil para o Barcelona que já tinha perdido com o Málaga, antes de saber que também perdeu Neymar para o clássico e agora esta derrota comprometedora a obrigar novo «milagre» no Camp Nou.

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