A noite em que o Benfica entrou no clube das 100 vitórias - TVI

A noite em que o Benfica entrou no clube das 100 vitórias

Benfica-Dinamo Kiev (Reuters)

Encarnados subiram ao topo do grupo e tornaram-se na sétima equipa europeia a atingir a centena de vitórias na Liga/Taça dos Campeões. Messi voltou a bateu mais um recorde, apesar da derrota em Manchester, e quatro equipas já garantiram o apuramento para os oitavos-de-final

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A vitória por 1-0 sobre o Dínamo de Kiev valeu a liderança repartida – com o Nápoles – do Grupo B ao Benfica, que esta noite garantiu desde já a Liga Europa, e também um marco na história do clube.

Os encarnados tornam-se no sétimo clube europeu a atingir as 100 vitórias em toda a história conjunta da Liga/Taça dos Campeões (considerando as pré-eliminatórias são 106 vitórias, conforme informa a UEFA).

À sua frente, apenas meia dúzia de colossos europeus: Real Madrid, Bayern de Munique, Barcelona, Manchester United, Juventus e Milan.

A 29 de setembro de 1960 aconteceu o primeiro triunfo fora na Escócia frente ao Hearts, na primeira pré-eliminatória da grande prova de clubes da UEFA, que viria a vencer nessa edição.

Daí em diante o Benfica averbou 68 vitórias na Taça dos Campeões Europeus, a que somou 32 na era da Liga dos Campeões, num total de 218 jogos (231 com pré-eliminatórias) – bem perto segue o FC Porto, que tem menos sete jogos e menos sete vitórias.

Rui Vitória sublinhou o feito logo após a partida ao afirmar que o registo de 100 vitórias na Liga/Taça dos Campeões «demonstra a grandeza e a dimensão do Benfica»: «É uma história enorme bem patente por essa Europa fora e quero fazer essa ligação aos mais de 50 mil adeptos que estiveram na Luz».

A noite de terça-feira foi história na Luz também para Ederson, que garantiu os três pontos dos encarnados ao salvar uma grande penalidade que ele próprio cometeu.

Ao defender o castigo máximo cobrado por Júnior Moraes – irmão do ex-portista Bruno Moraes – o guarda-redes brasileiro conseguiu um feito nunca visto na última década.

O último guarda-redes a conseguir defender uma grande penalidade pelos encarnados foi o também brasileiro Moretto, a 5 de abril de 2006, diante do Barcelona, em Camp Nou, quando travou logo aos 5 minutos a cobrança de Ronaldinho Gaúcho.

A defesa de Ederson contribuiu também para um registo incomum nesta edição da Liga dos Campeões: apenas 12 dos 23 penáltis foram convertidos. Ou seja, pouco mais de metade. E o registo melhorou significativamente na noite de ontem, já que o guardião encarnado foi o único defender os cinco penáltis apontados.

Positivamente para este registo contribuiu Eduardo Salvio, que decidiu o jogo da marca dos 11 metros e tornou-se no primeiro jogador do Benfica a converter mais do que uma grande penalidade no formato Liga dos Campeões.

Com o triunfo desta noite na Luz o Benfica eliminou desde já o Dínamo de Kiev – que na última época afastou o FC Porto de Lopetegui na fase de grupos – e discute agora o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões com Nápoles e Besiktas (com menos um ponto), que empataram a uma bola em Istambul, com Quaresma a converter o golo dos turcos de grande penalidade.

Quatro apurados para os «oitavos»

Nos outros jogos desta ronda destaque para Bayern de Munique e Atlético de Madrid – que pela primeira vez na Champions venceu com um golo nos descontos. Os favoritos do Grupo D venceram respetivamente PSV Eindhoven e Rostov e estão matematicamente apurados para a próxima fase.

Uma condição semelhante à de Paris Saint-Germain e Arsenal, que somam 10 pontos no Grupo A, mais nove do que a concorrência, e foram vencer fora.

Os franceses ganharam por 1-2 na Suíça ao Basileia, com um golo perto do final, num desfecho semelhante ao do Arsenal, que deu a volta ao resultado e garantiu os três pontos com um golaço de Mesut Özil que valeu o triunfo por 2-3 frente ao Ludogorets, na Bulgária.

No entanto, no jogo grande da noite veio uma das surpresas da jornada, com o Manchester City a vencer em casa o Barcelona, por 3-1, marcando à equipa catalã mais golos do que nos últimos cinco confrontos.

Num jogo em que Lionel Messi superou a antiga glória madridista Raúl como maior goleador nas fases de grupos da Liga dos Campeões, com 54 golos, o Barça permitiu a reviravolta e perdeu pela primeira vez nesta edição.

Ilkay Gündogan fez o segundo bis consecutivo esta semana e Kevin De Bruyne também marcou para o City, que soma agora 7 pontos, menos dois do que o Barcelona. Atrás estão Borussia Mönchenlgadbach (4 pontos) e Celtic (2), que empataram na Alemanha a uma bola num jogo dirigido pelo árbitro portuense Jorge de Sousa.

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