O médio Óliver Torres tem ganho preponderância na equipa do FC Porto nos últimos jogos. Excetuando o duelo para a Taça da Liga, ante o Varzim, o espanhol foi titular nos últimos quatro jogos oficiais, entre Liga e Liga dos Campeões. Sérgio Conceição abordou o rendimento do futebolista na véspera do jogo ante o Lokomotiv Moscovo, no Dragão e elogiou a «aceitação» e «humildade» do jogador de 23 anos para atingir o que a equipa técnica pretendia.
«Tem a ver com várias conversas. Muitas unidades de treino, para que ele se aproximasse do que eu queria. Falando especificamente do Óliver e de forma rápida e objetiva, não tem a ver com o castrar aquilo que o Óliver tem de melhor. Tem a ver com um jogo de futebol, tem cada vez mais velocidade, é mais intenso. E o Óliver melhorou muito em vários aspetos, nomeadamente no jogo sem bola», começou por dizer Conceição.
«Não podemos esquecer que, nos 90 minutos, os jogadores andam a correr sem bola. Se calhar o Messi, talvez, dois minutos e meio. Ou o Brahimi de vez em quando, quando pega na bola e sai fora do registo que eu quero. Mas normalmente o resto é correr, solicitar os companheiros para ter bola, movimento, uma série de situações que é importante estar dentro, participar. E o Óliver não é fácil, porque essas características não são dele. Mas tem feito um trabalho magnífico, não só no jogo sem bola, mas a ter mais chegada na área adversária, que faz parte do que eu penso que são os médios modernos», continuou Conceição, antes de registar a mudança que o espanhol teve.
«Acho que foi essa aceitação e humildade em perceber que tinha de mudar algo para poder dar à equipa, que fez com que mudasse. E tem correspondido. A partir do momento em que não corresponder, haverá outro Óliver a entrar», rematou o treinador do atual campeão nacional.