LC: PSG-Real Madrid, 1-2 (crónica) - TVI

LC: PSG-Real Madrid, 1-2 (crónica)

Ronaldo desbravou caminho para o triunfo do campeão europeu sobre os milionários de Paris

(ARTIGO ATUALIZADO)

Ainda há uma linha grande que separa o Real Madrid dos milionários de Paris. Talvez não uma linha de qualidade, mas uma linha que diz respeito ao estofo competitivo, quase sempre determinante na alta-roda europeia.

Mais importante do que isso é Cristiano Ronaldo, autor dos três golos que fizeram pender esta espécie de final antecipada para o lado dos espanhóis. O português apontou três dos cinco golos do Real na eliminatória e já leva nove jogos consecutivos a marcar na principal competição de clubes da UEFA.

No dia em que sopraram as velas do 116.º aniversário, os merengues apagaram a luz da já ténue resistência do PSG na Liga dos Campeões.

FILME E FICHA DE JOGO

O triunfo por 3-1 no Santiago Bernabéu dava ao Real Madrid um conforto importante à entrada para a 2.ª mão e a equipa de Cristiano Ronaldo soube jogar com isso.

Depois de uma entrada difícil, em que se limitou a tapar os caminhos da baliza de Navas, o conjunto blanco partiu para uma exibição consistente e que até poderia ter terminado com um resultado mais desnivelado do que o 1-2 final.

Sem o lesionado Neymar e com Cavani, Di María e Mbappé bem controlados, os parisienses nunca conseguiram mostrar a pujança necessária para alimentar sequer uma reviravolta na eliminatória. Não houve a cabeça nem tampouco o coração que Unai Emery havia pedido na conferência de imprensa de antevisão à partida.

Apesar do calculismo com que abordaram a partida e sem algumas das principais figuras de início - Modric, Kroos, Bale e Isco começaram no banco - os merengues até dispuseram das primeiras ocasiões de golo, primeiro por Sergio Ramos e depois por Benzema, numa jogada em que o francês apareceu isolado na cara do compatriota Areola.

Só nos cinco minutos finais da primeira parte é que o PSG conseguiu abrir brechas na defesa do Real, numa jogada de desequilíbrio de Di María e por Mbappé, que definiu mal na cara de Keylor Navas.

A reação dos parisienses era, no entanto, curta para justificar mais do que o 0-0 ao intervalo. No reatamento, os comandados de Emery entraram a carregar no pedal. Puseram gás no jogo, mas os merengues fecharam-lhes a conduta pelo homem dá corpo aos sonhos dos merengues na mesma medida que transforma a vida dos adversários num autêntico pesadelo.

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Aos 51’, o português, que tinha ameaçado no minuto anterior, desviou de cabeça para o 1-0, aparentemente pouco incomodado pelo fumo provocado pelas tochas dos ultras do PSG atrás da baliza de Areola.

Os parisienses começavam a ver turvo o caminho dos quartos de final da Champions e tudo ficou pior aos 66 minutos, quando Verratti foi expulso por protestos.

Curiosamente, o PSG ainda chegou ao empate aos 71 minutos numa fase em que os visitantes pareciam começar a levantar voo no Parque dos Príncipes. Pouco depois de Asensio rematar ao poste, Cavani marcou de forma involuntária quando Casemiro acertou nele quando tentava afastar uma bola.

Sem querer, a crença bateu à porta do 24 da Rue du Commandant Guilbaud, mas Casemiro, o mesmo que tinha ficado mal na fotografia, assinou a sua redenção e a capitulação parisiense com um remate que desviou em Marquinhos e enganou Areola.

Até ao fim, o campeão europeu até podia ter construído um resultado ainda mais dilatado. Tal como Asensio, Lucas Vázquez também atirou ao poste e Ronaldo esteve perto do bis.

Numa noite que se esperava intensa, o Real foi soberano em Paris.

Está a ver aquela equipa macambúzia que parece cumprir calendário na Liga espanhola? Qualquer semelhança com este Real Madrid é mera coincidência.

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