Champions: muita cabeça de Bernardo na vitória do City em Budapeste - TVI

Champions: muita cabeça de Bernardo na vitória do City em Budapeste

Internacional português abriu o marcador com assistência de João Cancelo antes de servir Gabriel Jesus para o segundo golo da equipa de Guardiola frente ao Borussia Mönchengladbach (2-0)

Aí vão dezanove vitórias consecutivas do Manchester City, esta última sobre o Borussia Mönchengladbach (2-0), em Budapeste, no Estádio Puskas, a abrir caminho para a quarta presença consecutiva da «locomotiva» de Pep Guardiola nos quartos de final da Liga dos Campeões. São três meses sempre a ganhar, 26 jogos sem derrotas, desde a última imposta pelo Tottenham de Mourinho, já em novembro de 2020. Uma vitória escrita cem por cento em português, com Bernardo Silva, de cabeça, a abrir o marcador para, depois, servir Gabriel Jesus, também de cabeça, para o segundo golo.

O Borussia Mönchengladbach, a passar uma fase menos feliz na Bundesliga [atual oitavo classificado], até estudou bem a lição e procurou travar os citizens com as mesmas armas de Guardiola. Marco Rose, que na próxima época vai treinar o outro Borussia [Dortmund], abdicou de uma defesa a três, puxando o «gigante» Zakaria para o meio-campo de uma equipa alemã que procurava pressionar alto a equipa inglesa.

Um jogo que começou com um ritmo baixo, mas com os alemães a procurar condicionar a saída de jogo do City, procurando manter a pressão no campo do adversário, mesmo sem bola. Uma equação que os ingleses não contavam, mas que resolveram, com tranquilidade, ajustando as peças em campo. A equipa de Pep Guardiola não teve pressa em assumir as rédeas do jogo, procurou primeiro um equilíbrio defensivo, adaptando-se às movimentações de Neuhaus, Stindl e Plea, antes de começar a crescer em campo.

Um crescimento muito sustentado nas movimentações de Bernardo Silva, esta noite com rédea livre, para jogar em todas as zonas do terreno, procurando desequilíbrios à direita e à esquerda, numa dança permanente com Gundogan que ia fazendo as devidas compensações, sempre que o português explorava novos territórios. Nesta altura o Borussia já não conseguia pressionar tão alto, pelo contrário, já defendia no seu meio-campo, cada vez mais longe da baliza de Ederson que passou boa parte do jogo à frente da sua grande área.

Estavam criadas todas as condições para o City chegar à vantagem e esta chegou mesmo, aos trinta minutos, num lance cem por cento português. Bernardo Silva pressionou na zona central, fez com que o Borussia perdesse uma bola para João Cancelo e arrancou de imediato para a área à espera do cruzamento do compatriota. Um cruzamento largo da esquerda para o segundo poste onde já estava Bernardo, nas costas de Elvedi, a marcar de cabeça, praticamente sem precisar de saltar.

Pep Guardiola, que nos primeiros minutos tinha estado muito ativo, junto à lateral, foi sentar-se no banco. Nesta altura o City tinha o controlo absoluto do jogo, com uma elevada posse de bola, à espera de erros do adversário. Até ao intervalo, Cancelo e Foden ainda testaram a meia-distância, com remates que passaram perto da barra.

A segunda parte começou nos mesmos moldes, com o City com uma elevada posse de bola e a procurar progredir no terreno de forma sustentada, diante de um Borussia que, agora, procurava responder com um jogo mais direto, nas poucas oportunidades em que recuperava a bola. Logo a abrir, Gabriel Jesus aproveitou um mau passe da defesa alemã para ganhar uma bola, invadir a área, mas depois demorou muito tempo a optar pelo remate e acabou por ser desarmado, em carrinho, por Elvedi.

O Borussia, que terminou a primeira parte sem fazer um rematem ainda deu um ar da sua graça, numa transição rápida, com Zakaria a cruzar da direita e com Plea, na área, adiantado, a tentar puxar a bola com o calcanhar. Seria um grande golo, mas a bola passou ao lado.  Não foi de um lado, foi do outro, quase tirado a papel químico do primeiro. Mais um cruzamento de João Cancelo da esquerda, Bernardo Silva voltou a aparecer junto ao segundo poste e voltou a usar a cabeça, desta vez para amortecer a bola para a finalização fácil de Gabriel Jesus.

Seguiu-se a dança dos bancos, com Guardiola a ostentar toda a riqueza que tem à sua disposição, lançando ainda para a contenda Mahrez, Aguero e Ferran Torres. O essencial já estava feito, o City já tinha uma vantagem mais do que segura, para na segunda mão confirmar a quarta presença consecutiva nos quartos de final.
Um percurso impressionante da equipa de Pep Guardiola nesta edição da Liga dos Campeões, com quinze golos marcados em sete jogos, e apenas um sofrido, marcado por Luis Diaz, logo no primeiro jogo frente ao FC Porto.

Continue a ler esta notícia