Reencontros de luxo até ao regresso de Cristiano a Madrid - TVI

Reencontros de luxo até ao regresso de Cristiano a Madrid

Cristiano Ronaldo

Aí está a segunda semana de Liga dos Campeões, com muita história. Do Liverpool-Bayern Munique, duelo de gigantes que promove o reencontro de Jurgen Klopp com um rival de sempre, ao At. Madrid-Juventus que terá Ronaldo de volta à capital espanhola. Mas há mais: ligações que se repetem, de tendências, figuras e histórias transversais. Anda tudo ligado.

Aí está a segunda semana de Liga dos Campeões, com os quatro jogos que restam dos oitavos de final e com muita história. Do Liverpool-Bayern Munique, duelo de gigantes que promove o reencontro de Jurgen Klopp com um rival de sempre, ao At. Madrid-Juventus, que terá Cristiano Ronaldo de volta à capital espanhola, pela primeira vez em campo desde que deixou o Real Madrid no verão passado.

Tem de resto o Barcelona em Lyon, já nesta terça-feira, e a fechar o Manchester City de Pep Guardiola na Alemanha, em casa do Schalke, naquele que é o terceiro duelo destes oitavos entre equipas inglesas e alemãs. quando a Liga dos Campeões entra na fase mais seletiva e mais reservada aos grandes protagonistas. Com exceções, sim, com o FC Porto ainda em prova como representante português, a tentar daqui por duas semanas dar a volta à derrota da semana passada em Roma, mas com as decisões cada vez mais centradas num clube restrito. Por isso, quando olhamos para o que aí vem, falamos de ligações que se repetem, de tendências, figuras e histórias transversais. Anda tudo ligado.

Depois dos primeiros quatro jogos da primeira mão dos oitavos, na semana passada, o Maisfutebol antecipa o que aí vem esta semana.

Terça-feira

Liverpool-Bayern Munique, 20h00

O jogo-cartaz destes oitavos. Dois pesos-pesados, 10 Taças dos Campeões entre eles, cinco para cada um, num duelo a que o crescimento recente do Liverpool de Jurgen Klopp devolve toda a dimensão, frente a um Bayern Munique que esteve em quatro das últimas cinco meias-finais mas não chega a uma final desde que venceu… Klopp.

Finalista da época passada, depois de nove anos sem sequer passar a fase de grupos, o Liverpool chega aqui também numa há muito ansiada luta pela conquista da Premier League – objetivo primordial para os adeptos, como admitiu Klopp, frente a um Bayern que perdeu esta época o ascendente na Alemanha, mas está em recuperação, a apenas três pontos da liderança.

Para trás muita história, a dos confrontos entre ambos, o mais marcante na meia-final da Taça dos Campeões de 1981 que o Liverpool havia de vencer e o último já em 2001, na Supertaça Europeia, ganha também pelos ingleses. E, claro, a história de Jurgen Klopp, alimentada por todos os duelos com o Bayern. Foram 30 no total, enquanto treinador do Mainz e depois do Dortmund, quando venceu por duas vezes a Bundesliga, ganhou uma Taça da Alemanha ao Bayern e perdeu a final da Liga dos Campeões de 2013, naquela que é até hoje a última conquista e a última final dos bávaros.

O saldo dos duelos de Klopp com o Bayern, enquanto treinador do Dortmund, dá a medida de como os amarelos equilibraram o duelo naquele tempo: 9 vitórias, quatro empates, 10 derrotas. E desse passado vêm mais reencontros no duelo de Anfield, antes de mais os de Klopp com Lewandowski e Hummels, figuras centrais do «seu» Dortmund que moram agora em Munique. O Liverpool tem boa tradição frente a adversários alemães – não perdeu nenhum de 17 jogos em casa – mas o Bayern pode começar por ir buscar alento, ainda que arrevezado, a outro dado: foi frente a equipas espanholas que foi eliminado da Champions em todas as épocas desde o triunfo de 2013.

Lyon-Barcelona, 20h00

Ele já não está lá, mas é de Pep Guardiola que nos lembramos quando falamos de Lyon-Barcelona, um duelo desequilibrado à partida e à luz da história. O Lyon nunca venceu o gigante catalão e o último confronto tem 10 anos e muito que contar. Março de 2009, a primeira época de Pep Guardiola em Barcelona, a construir uma equipa para a eternidade. A primeira mão, em Lyon, acabou com um golo para cada lado. E no Camp Nou o Barça de Guardiola deixou uma demonstração de força e qualidade que perdura na memória. Bis de Henry ainda antes da meia hora, depois Messi marcou o terceiro e Etoo fez o 4-0 aos 43 minutos.

O Lyon ainda reduziu, um golo a fechar a segunda parte e outro a abrir a segunda e em cima do apito final um passe de Xavi deu o 5-2 a Keita e lançava irremediavelmente o Barcelona: seguiu-se o Bayern Munique nos quartos, o Chelsea numa meia-final que deu muito que falar e na final o Manchester United, ainda de Cristiano Ronaldo. No Barça ainda moram Messi, Piqué e também Busquets.

Quarta-feira

At. Madrid-Juventus, 20h00

Essa final de Roma marcou a despedida de Cristiano Ronaldo de Manchester. No verão chegava a Madrid para escrever uma história de sucesso sem igual que teve na Liga dos Campeões o palco privilegiado. À Champions que tinha vencido em Old Trafford em 2008, quando ganhou pela primeira vez também o título de melhor marcador, juntou mais quatro e juntou 105 golos em 101 jogos na prova-raínha do futebol europeu com a camisola merengue.

Trocou Madrid por Turim este verão e o destino já o colocou frente ao Manchester United na fase de grupos – marcou à sua antiga equipa na derrota (1-2) em casa. É o único golo que leva nesta edição, ele que na fase de grupos falhou um jogo por castigo, depois da expulsão na partida com o Valencia. Corre atrás por isso para tentar revalidar o título de melhor marcador da Liga dos Campeões que venceu nas últimas seis edições. Na frente vai Robert Lewandowski, com oito golos, seguido de Lionel Messi com seis e vários jogadores com cinco, entre eles Dybala, seu novo companheiro na Juve.

Mas ele é Cristiano Ronaldo, o melhor marcador de sempre da Champions, com 60 golos marcados nas eliminatórias, mais do que nas fases de grupos.

É Cristiano em Madrid, onde voltou em janeiro para acertar contas com o Fisco espanhol e onde volta agora para entrar em campo, num estádio onde só jogou uma vez – o único jogo que fez no novo Wanda Metropolitano foi o nulo entre Real e Atlético da primeira volta de 2017/18, mas frente a um rival que conhece como poucos. Foram 31 jogos frente ao At. Madrid nas nove épocas em que vestiu a camisola do Real, dos quais venceu 14 e perdeu oito. Marcou 22 golos no total, incluindo na final de 2014, no triunfo do Real no Estádio da Luz. Foi dele também o penálti da vitória merengue no desempate da final de 2016.

Reencontros, portanto, também o de Morata com Cristiano e com a Juventus e, acima de tudo, um duelo entre duas equipas muito competitivas, que têm estado muito perto da meta na Champions nos últimos anos – At. Madrid e Juventus estiveram em quatro das últimas cinco finais, duas para cada um, e perderam-nas.  

Schalke-Manchester City, 20h00

O terceiro dos duelos anglo-germânicos destes oitavos é também aquele que tem à partida menos estatuto. Tem um favorito claro, um Manchester City que Pep Guardiola tenta levar a dar o salto que ainda falta, para o topo do patamar europeu, depois de, já com o treinador catalão, ter ficado pelos oitavos há dois anos e ter caído nos quartos de final frente ao Liverpool de Klopp na época passada.

O Schalke, que foi segundo no grupo do FC Porto e está num modesto 14º lugar na Bundesliga, tem como melhor registo na Champions a presença na meia-final em 2010/11, tal como o City, que chegou lá em 2015/16, quando foi eliminado pelo Real Madrid. Mas hoje em dia a distância que separa a equipa de Gelsenkirchen do sumptuoso City de Bernardo Silva e companhia é óbvia.

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