Champions: Spartak Moscovo-Benfica, 0-2 (crónica) - TVI

Champions: Spartak Moscovo-Benfica, 0-2 (crónica)

Águia operária já vê o play-off dos milhões

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Superioridade, eficácia e play-off da Liga dos Campeões à vista. O Benfica venceu o Spartak em Moscovo (0-2) e Jorge Jesus levou a melhor no duelo com Rui Vitória, num triunfo rotulado com alguma naturalidade face às diferenças coletivas vistas nas duas equipas.

A águia lisboeta foi mais trabalhadora e talentosa do que o operário moscovita e os golos de Rafa e Gilberto, ambos na segunda parte, fizeram a diferença na capital da Rússia. Dois remates idênticos, de baixo para cima na área, que Maksimenko não conseguiu deter, aos 51 e 74 minutos.

Os lances decisivos mostraram as debilidades que Rui Vitória tem de corrigir, sobretudo no setor defensivo do Spartak. Mérito também do Benfica, que já vê de perto o PSV Eindhoven no play-off. Faltam (pelo menos) 90 minutos.

Ao contrário do que antecipou, Jesus foi mesmo a jogo com os três centrais e com Seferovic como único avançado, com Diogo Gonçalves a surgir como grande novidade no corredor direito. Um lado que o Benfica soube potenciar e pelo qual criou mais perigo, com boas dinâmicas entre Diogo e Rafa, a criarem dificuldades à equipa da casa.

O Benfica, numa melhor primeira parte, ficou mesmo a dever a si um outro resultado que não o 0-0 ao intervalo. Ocasiões não faltaram: Pizzi viu Dzhikiya a cortar um remate com selo de golo (6m), Maksimenko negou um cabeceamento de Diogo Gonçalves (9m), Pizzi apareceu só na área mas rematou por cima (17m) e, após um grande trabalho sobre Dzhikiya, Rafa viu a trivela roçar o poste (27m). Pelo meio, só Umyarov, num remate de longe, assustou verdadeiramente um Vlachodimos que foi sempre seguro no pouco trabalho que teve.

Pode mesmo dizer-se que o único sinal negativo foi a saída por lesão de Seferovic, ao minuto 37: deu lugar a Gonçalo Ramos, aparentemente com uma queixa muscular.

A segunda parte trouxe de diferente a eficácia que o Benfica já ameaçara e Rafa, sem dúvida o melhor do Benfica no jogo todo, justificou o que a águia fizera até então. Pizzi iniciou a jogada pela direita e Rafa tabelou numa ‘cabine telefónica’ com João Mário para um remate indefensável. Parecia simples.

O golo de Rafa:

Se podia esperar-se uma reação furtiva do histórico emblema russo, esta tardou em chegar – e não chegou mesmo. Rui Vitória não conseguiu dar atrevimento de fora para dentro, nem com as entradas ofensivas de Ignatov e Moses. Uma equipa desprovida de soluções para tentar o empate e que viria a sofrer o 0-2 final, na estreia de Gilberto a marcar pelo Benfica. Lucas Veríssimo não enjeitou o buraco que o Spartak abriu na defesa e o lateral-direito precisou de nove minutos em campo para alargar a vantagem.

O golo de Gilberto:

Vitória lançou depois Ponce e Král para tentar minimizar perdas, mas nada mais mudou e o resultado até foi amigo para o Spartak. Não fosse Maksimenko e a diferença podia ter sido maior. Por culpa de um voo do guardião russo, Everton não foi feliz já na reta final e o Benfica vai para a Luz com dois golos de vantagem. Mas também com muito mais equipa do que o rival.

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