Momento: reviravolta de Bruno Fernandes
O Sporting tinha empatado há cinco minutos quando Bruno Fernandes destacou-se sobre a direita para receber uma bola de Luiz Phellype. Com toda a calma do mundo, o capitão controlou a bola, ajeitou-a, levantou a cabeça e deu-lhe uma estocada, para ela deslizar pelo relvado a caminho do segundo poste. Estava concretizada a reviravolta. Um quadro que chegou a parecer impossível tal o desacerto com que os leões, Bruno Fernandes incluído, entraram neste jogo.
Figura: Luiz Phellype nos dois golos
Não fez propriamente um grande jogo, mas está nos dois golos do Sporting, tal como Bruno Fernandes. No primeiro acorreu a um canto do capitão para desviar de cabeça para o segundo poste sem tirar os pés do chão. Cinco minutos depois, o avançado brasileiro fez a assistência para o capitão marcar o segundo, com um passe bem medido. Não foi muito mais do que isto, mas olhando para o jogo, até foi muito. Mesmo a acabar o jogo, teve o terceiro golo e a glória nos pés, mas permitiu o desvio de Schlager.
Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO
Goiginger
Se tivéssemos de dar um nome ao pesadelo que o Sporting viveu esta noite ao longo de mais de vinte minutos, esse teria de ser forçosamente Goiginger. O possante avançado esteve em todo o lado, era o primeiro a pressionar e quase sempre com sucesso, ganhando bolas atrás de bolas. Depois tinha sempre uma série de soluções para dar continuidade ao jogo, sempre com perigo para as redes de Renan. Fez três, quatro, cinco remates, mais uma mão cheia de assistências. Se o LASK não saiu de Alvalade com um resultado gordo, não foi por culpa deste multifacetado avançado com 1,81m.
Frieser
Outra dor de cabeça para os leões, a jogar sobre as alas e a abrir verdadeiras autoestradas, ora nas costas de Acuña, ora nas costas de Miguel Luís, surgindo também muitas vezes no interior da área à procura de espaços para finalizar. Foi dois poucos austríacos que teve pilhas para lutar até ao fim. Na ponta final do jogo voltou a ameaçar as redes de Renan numa altura em que o Sporting já estava melhor. Ainda assim, continuou a fazer mossa.
Acuña
No pior momento dos leões, o argentino, com a raça que lhe é reconhecida, era o único que conseguia sair a jogar. Sempre em esforço, sempre com os dentes cerrados, nem sempre com as melhores soluções. Mas centímetro a centímetro, foi conquistando espaço para o leão respirar. Não se atemorizou pelo maior poderio físico do adversário e, apesar da baixa estatura, lutava com tudo o que tinha. Foi advertido pelo árbitro no início do jogo e arriscou a expulsão antes do intervalo quando reagiu com o cotovelo a um puxão de camisola. Saiu desgastado, mas ao som de aplausos. Alvalade reconheceu-lhe o esforço.
Mathieu
Tal como toda a equipa, foi do muito mau ao muito bom em noventa minutos. Começou o jogo de forma desatrosa, como já o vimos esta época, com passes falhados a comprometer toda a defesa, como foi o caso no golo do LASK, como já tinha sido antes aliás. Fartou-se de falhar, mas depois melhorou, acertou o passo e acabou o jogo como um dos melhores da equipa da casa. Ainda antes de reviravolta, o central já estava a crescer, mais assertivo no ataque à bola, mais convicto nos alívios e mais seguro nos cortes.
Wendel
Uma noite para esquecer. Depois de perder o lugar para Eduardo na Vila das Aves, regressou esta noite à titularidade, mas foi sempre uma peça fora do contexto. Este era um jogo para homens de barba rija e não para brincas na areia. Insistiu no jogo requintado e foi sempre atropelado pelos austríacos. O Sporting melhorou a olhos vistos com a entrada de Eduardo.
Renan
Determinante neste importante triunfo dos leões. Logo a abrir o jogo foi obrigado a sair com os pés para cortar um lance de golo. Depois o LASK rematou muito, mas poucas vezes acertou na baliza e quando acertou esteve lá quase sempre Renan, com exceção óbvia para o golo dos autríacos. Destaque para uma enorme estirada, numa altura em que o Sporting já tinha dado a volta ao marcador, a evitar o empate.