A figura: Soares
Luta com a concorrência de Zé Luís, Vincent Aboubakar e Fábio Silva, dividindo as suas presenças entre a titularidade e o banco de suplentes. Jogou apenas oito minutos nas últimas quatro jornadas da Liga, precisamente no empate frente ao Belenenses, mas regressou ao onze para uma noite decisiva na Liga Europa. Autor dos dois golos na ronda inaugural, frente ao Young Boys (2-1), Soares deu mais uma prova de vida e teve impacto no jogo, provocando o desvio involuntário de Malacia para o fundo da própria baliza e assinando o 3-2, com uma recarga onde ficou demonstrada a utilidade da sua capacidade física.
LEIA A CRÓNICA DO JOGO
O momento: a machadada de Soares (minuto 34)
O FC Porto tinha desperdiçado uma vantagem de dois golos e podia comprometer o seu futuro europeu. Num lance bem desenhando pelos dragões, Marega recebeu de Danilo, passou por um adversário e fugiu na direita. O maliano serviu Otávio à entrada da área, o brasileiro rematou para defesa incompleta de Marsman e Soares, veloz e letal, foi mais forte que Botteghin, marcando um golo que viria a valer o primeiro lugar no Grupo G da Liga Europa.
VEJA O FILME DO ENCONTRO
Outros destaques:
Marchesín
Foi novamente eleito o melhor guarda-redes da Liga portuguesa e restam poucas dúvidas em relação a esse estatuto. Uma vez mais, Marchesín preencheu a baliza portista com categoria e agigantou-se para evitar o empate do Feyenoord ao minuto 73, fazendo uma mancha ao recém-entrado Narsingh. Na fase inicial do encontro, respondeu da melhor forma a um remate violento de Berghuis. Na reta final, foi importante para anular alguns lances aéreos da equipa holandesa, que pressionava em busca do 3-3.
Jesús Corona
Face à sua qualidade técnica e ao rendimento em zonas mais adiantadas do terreno de jogo, terá sido difícil tomar a decisão de recuar Jesús Corona, mas o internacional mexicano voltou a oferecer mais garantias que Manafá no lado direito da defesa. É quanto ataca, ainda assim, que Tecatito demonstra todo o seu futebol, dando profundidade ao flanco.
Luis Díaz
Mantém as qualidades e os defeitos evidenciados desde o início da temporada, mas nada que justique a escassa utilização recente: disputou apenas dois dos últimos cinco compromissos do FC Porto. Colocando no flanco esquerdo, Luis Díaz começou por obrigar Marsman a uma boa defesa, com um remate violento de fora da área (6m), seguindo-se uma perda de bola que obrigou Otávio a fazer uma falta em zona perigosa. Pouco depois, com enorme ajuda do guarda-redes do Feyenoord, marcou o 8.º golo da temporada, um número de respeito para um extremo. Precisa de crescer mas acrescenta criatividade e capacidade de remate à ofensiva azul e branca.
Botteghin
Foi uma das melhores unidades do Feyenoord na despedida da Europa, ganhando vários lances aos avançados portistas. O defesa-central brasileiro marcou um dos golos da equipa holandesa no Estádio do Dragão, com um golpe de cabeça oportuno, mas tal não bastou para evitar o desaire frente ao FC Porto.
Danilo
Forma uma dupla mais equilibrada com um jogador como Uribe, que assume mais despesas na posse de bola e nas transições, libertando Danilo para aquilo que o médio português melhor sabe fazer: anular focos de perigo junto à área do FC Porto. Bela exibição do capitão portista.