Sérgio Conceição: «Muitas vezes não se pode ser espetacular» - TVI

Sérgio Conceição: «Muitas vezes não se pode ser espetacular»

Sérgio Conceição

Análise do treinador do FC Porto depois da vitória sobre o Young Boys na Liga Europa (2-1)

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Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, depois da vitória sobre os suíços do Young Boys (2-1), na ronda inaugural da fase de grupos da Liga Europa:

[Na primeira parte o FC Porto conseguiu impor-se, na segunda foi mais reativo em função do adversário]

- Sim, penso que entrámos bem no jogo, frente a uma equipa que ainda não tinha perdido esta época. É uma equipa forte fisicamente que joga de uma forma muito direta. Às vezes podíamos ser surpreendidos com uma bola na frente, como aconteceu na situação do penálti. Estávamos precavidos para isso. Foi uma primeira parte bem conseguida, sem ser espetacular. Reagimos bem ao golo, procurando mais os espaços por dentro, mas saindo por fora também. Percebemos que se fossemos rápidos na circulação de bola podíamos causar desequilíbrios. Acabámos a primeira parte e penso que até podíamos ter feito mais um golo. Tivemos uma bola no poste e uma ou outra situação ali à frente. Não o fizemos, o resultado 2-1 é sempre perigoso. Ainda por cima contra uma equipa que tentou de tudo. O futebol direto e uma forma mais pragmática de chegar à nossa baliza. Nós tivemos também mais uma outra ocasião em que podíamos ter feito o 3-1 e ficar descansados. Valeu pelo espírito de sacrifício, pela entrega. Valeu por entrarem mais dois miúdos, Romário e Fábio muito bem. O Manafá também entrou bem. O Tiquinho não tem jogado, mas deu uma boa resposta. Ou seja, temos um grupo forte, um grupo que acredita naquilo que se faz. Muitas vezes não se pode ser espetacular, mas vale pelos três pontos.  Sabíamos o valor do adversário e, como dizia o Abel, às vezes para dançarmos precisamos de um bom par.

[O Romário entrou para estabilizar a equipa?]

- Exatamente isso. Queria perceber o estado físico do Luís, até porque hoje jogámos um pouquinho diferente do habitual. Percebi que o Luís não estava tão bem, meti o Moussa sobre a esquerda, ficando o Romário, que é mais médio. Queria que equilibrasse o corredor central onde, por vezes, deixámos o adversário ligar e jogar. Foi nesse sentido que meti o Romário.

[Pelo onze, o FC Porto aposta forte nesta competição?]

- Estamos no início da época e precisamos de incluir os jogadores novos. Precisamos que os jogadores, nos treinos e nos jogos, se conheçam melhor. Os tais automatismos e rotinas que se vão ganhando. É normal, estamos em setembro, obviamente há jogadores mais carregados com minutos, mas é normal para quem joga de três em três dias. Não estou nada preocupado com isso. Meti o onze que achava que era o mais forte para ganhar o jogo.

[Lançar o Fábio Silva num contexto destes, também é uma prova de confiança?]

- Sem dúvida absolutamente nenhuma. Lancei o Fábio porque o achava com capacidade de trabalho, pela mobilidade que ele tem, estando um bocadinho mais baixo do campo, conseguiu criar ali um problema ou outro à equipa adversária. O Zé [Luís] estava um pouco limitado, entre um jogador limitado e um disponível em que tenho total confiança, escolhi o que estava melhor.

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