O Sp. Braga jogou frente ao AEK de Atenas com 2200 adeptos nas bancadas. No final da partida, Carlos Carvalhal fez uma reflexão sobre o regresso do público à Pedreira e alertou para a importância do desporto e do futebol em concreto para a sociedade.
«Vivemos num período de grande dificuldade, eu vivo neste mundo difícil, mas acho que dentro das regras, sempre que possível, é importante as pessoas libertarem-se um pouco e terem acesso a este tipo de espetáculos. Recordo que quando estudei, estudei desporto, disseram-me que uma das principais funções do desporto é servir de catarse à sociedade. Acumulando as pressões do dia a dia, e agora estão de certa forma exponenciadas, as pessoas necessitam do desporto para libertar as suas energias de gritar e mandar vir com os jogadores, treinadores e com os árbitros. Isto é saudável, as pessoas têm escape. Se não tivermos em conta esta perspectiva, vamos ter pessoas metidas em casa. Quer queiramos, quer não, temos de viver dentro das regras e com cuidados, mas necessitamos destes momentos. Caso contrário, não vamos morrer do vírus, mas de casos psiquiátricos, vão existir mais suicídios, as pessoas ficam mais nervosas e teremos outro tipo de problemas. A experiência de hoje foi excelente, o comportamento dos adeptos foi brilhante. Tinha casais amigos que estavam afastados por quatro cadeiras. O estádio tem 30 e tal mil lugares, estavam 2 mil e tal adeptos ao ar livre. Parece que há condições para fazer isto, mesmo que as condições epidemiológicas se agravam. Não pertenço à DGS, é a opinião de um cidadão. O desporto tem de continuar e nós temos de continuar a viver. Caso contrário, amanhã em vez de termos duas mil mortes por coronavírus, vamos ter quatro mil suicídios», referiu, no final da conferência de imprensa.
«Se calhar não vamos morrer do vírus, mas de casos psiquiátricos»
- Redação Maisfutebol
- 23 out 2020, 00:01
O Sp. Braga voltou a ter adeptos no estádio e Carvalhal fez uma reflexão sobre o assunto
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