«Se calhar não vamos morrer do vírus, mas de casos psiquiátricos» - TVI

«Se calhar não vamos morrer do vírus, mas de casos psiquiátricos»

Carlos Carvalhal (Sp. Braga)

O Sp. Braga voltou a ter adeptos no estádio e Carvalhal fez uma reflexão sobre o assunto

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O Sp. Braga jogou frente ao AEK de Atenas com 2200 adeptos nas bancadas. No final da partida, Carlos Carvalhal fez uma reflexão sobre o regresso do público à Pedreira e alertou para a importância do desporto e do futebol em concreto para a sociedade. 

«Vivemos num período de grande dificuldade, eu vivo neste mundo difícil, mas acho que dentro das regras, sempre que possível, é importante as pessoas libertarem-se um pouco e terem acesso a este tipo de espetáculos. Recordo que quando estudei, estudei desporto, disseram-me que uma das principais funções do desporto é servir de catarse à sociedade. Acumulando as pressões do dia a dia, e agora estão de certa forma exponenciadas, as pessoas necessitam do desporto para libertar as suas energias de gritar e mandar vir com os jogadores, treinadores e com os árbitros. Isto é saudável, as pessoas têm escape. Se não tivermos em conta esta perspectiva, vamos ter pessoas metidas em casa. Quer queiramos, quer não, temos de viver dentro das regras e com cuidados, mas necessitamos destes momentos. Caso contrário, não vamos morrer do vírus, mas de casos psiquiátricos, vão existir mais suicídios, as pessoas ficam mais nervosas e teremos outro tipo de problemas. A experiência de hoje foi excelente, o comportamento dos adeptos foi brilhante. Tinha casais amigos que estavam afastados por quatro cadeiras. O estádio tem 30 e tal mil lugares, estavam 2 mil e tal adeptos ao ar livre. Parece que há condições para fazer isto, mesmo que as condições epidemiológicas se agravam. Não pertenço à DGS, é a opinião de um cidadão. O desporto tem de continuar e nós temos de continuar a viver. Caso contrário, amanhã em vez de termos duas mil mortes por coronavírus, vamos ter quatro mil suicídios», referiu, no final da conferência de imprensa. 

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